12 quadros da mineira Samara Danelon compõem a mostra “O Paradoxo do Pássaro Livre & Onde Moram as Mulheres”, que será aberta nesta sexta-feira, 19, às 13h, no Centro Cultural Dnar Rocha, localizado na Rua Mariano Procópio 973, em frente ao parque do Museu Mariano Procópio. A série de pinturas propõe uma reflexão sobre a construção histórica do papel feminino, questionando a concepção tradicional de “feminilidade” como uma estratégia de repressão em uma sociedade patriarcal.
A visitação é gratuita e livre para todos os públicos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 16h. Excepcionalmente, o espaço expositivo estará aberto também no dia 27 deste mês, das 13h às 15h, e no dia 18 de maio, no mesmo horário, quando se encerra a visitação. A curadoria é de Carlos Elias de Souza.
Retratando mulheres reais, como as escritoras Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo e Clarice Lispector, as obras desafiam estereótipos. Elementos domésticos, como louças e bordados, são incorporados, com o objetivo de contextualizar a visão associada às mulheres. A pintura em blocos de cores explora, visualmente, a habilidade das mulheres em consertar, reinventar e reconstruir. Da mesma forma, a presença da linha vermelha refere-se à dor e à força necessárias para superar repressões e abusos.
“Ao receber a exposição de Samara, o Dnar reforça sua marca de espaço dinâmico, onde uma diversidade de discursos se entrelaça para produzir novos comportamentos e perspectivas. O equipamento se torna um portal para uma ampla gama de discursos e experiências, abrindo suas portas para uma variedade de corpos, incluindo a expressão da mulheridade. A educação artística encontra aqui um terreno fértil para a renovação e a reinvenção dos modos como interagimos com o mundo ao nosso redor”, analisa o coordenador-geral do Dnar Rocha, Fernando Valério.
Sobre a artista
Samara Danelon é Bacharel em Artes e Design (2014) e Bacharel em Moda (2016) pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Seus trabalhos abordam questões de gênero e identidade, principalmente, na pintura a óleo e na aquarela, com a presença de linhas, bordados e materiais têxteis.
O Centro Cultural Dnar Rocha é mantido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), com gestão da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) e prestação de serviços da Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac).