NOTÍCIAS: SEPPOP
JUIZ DE FORA - 28/7/2021 - 15:25
Políticas Públicas para Igualdade Racial é tema de plenária virtual
A implementação de ações e políticas públicas de defesa, preservação e avanço da Igualdade Racial em Juiz de Fora foi discutida em plenária virtual, realizada pela Secretaria de Planejamento do Território e Participação Popular (Seppop) nesta terça-feira, 27. O objetivo é levar as propostas debatidas para compor o PPA Popular (2022-2025) do município.
O evento, que foi aberto ao público, contou com a presença de mulheres influentes na luta pela igualdade racial. A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, em sua fala de abertura, enfatizou que “os temas dessas plenárias compõem a proposição de políticas públicas da sua gestão e que não podemos pensar em um projeto de PPA que não contemple essas preocupações.”
Para o secretário do Planejamento do Território e Participação Popular, Martvs das Chagas, “não é fácil debater um tema como este e ainda mobilizar a população. Sabemos das dificuldades mas não vamos esmorecer.”
Foram postas em pauta, as ações que podem ser adotadas para promover mais igualdade racial nos aspectos de emprego e renda, cultura, segurança pública, educação e pandemia.
Sobre emprego e renda, a discussão foi como promover a equidade e combater as discriminações nas relações de trabalho. No setor cultural, o debate foi sobre a erradicação do preconceito com as tradições africanas, educando a sociedade sobre a cultura negra.
Em sua participação, Matilde Ribeiro, que é professora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); assistente social; militante política e gestora pública; foi Ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (2003 a 2008), ressaltou que quando se fala de políticas públicas de igualdade racial, é necessário o reconhecimento do racismo em nosso país e de toda a trajetória da população negra desde a escravidão até a atualidade. “A abolição deu liberdade, mas não inclusão às pessoas escravizadas, daí começa a luta histórica dos sem cidadania. Por isso existe a necessidade de políticas públicas continuadas de igualdade social.”
Giovanna Castro, que é doutoranda em História, ativista antirracista, integrante do Coletivo Cabeça de Nêga (JF) e do Centro Virtual da Memória Negra de Juiz de Fora, destacou o debate como um passo importante para a construção de uma cidade onde a população negra também faça parte dos espaços políticos. “Que a gente consiga, neste momento dialógico representativo, misturar um conjunto de políticas que envolvam passado, presente e futuro, para projetar uma participação efetivamente democrática e representar os mais de 40% de população negra do último índice realizado em Juiz de Fora.”
Deliberações
Durante a plenária, os convidados sugeriram temas que deveriam ser considerados como políticas públicas:
No âmbito da segurança pública, concluiu-se que é preciso executar ações, levando efetivamente as particularidades sociais, culturais e econômicas da população negra.
Na educação, é necessário ensinar que em tudo há uma história, e essa história tem como personagem negros e negras, os quais devem ser valorizados e visibilizados.
Outras informações:
(32) 3690-7105 / 3690-7077 - Secretaria de Planejamento do Território e Participação Popular (Seppop)
IMPRIMIR