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JUIZ DE FORA - 13/5/2016 - 20:32
Projeto Memórias Vivas na Rua: Prefeitura homenageia personalidades negras da história de Juiz de Fora
A fim de divulgar personalidades negras que fazem parte da história de Juiz de Fora, na tarde desta sexta-feira, 13, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), em parceria com a empresa de comunicação visual Trilight Tecnologia, homenageou mais dois cidadãos que dão nome a logradouros importantes na cidade. Essas homenagens, realizadas através de placas que contam a história dessas pessoas, fazem parte do Projeto Memórias Vivas na Rua, integrando a campanha “Selo da Diversidade”.
Na solenidade, estiveram presentes o vice-prefeito Sérgio Rodrigues, a supervisora de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), Giane Elisa Almeida, a representante do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Jussara Alves, e os representantes da Settra, Régis José de Oliveira e Eduardo Facio, além de representantes de outras secretarias municipais.
A primeira placa foi inaugurada na Praça Teóphilo, localizada entre a Avenida Brasil e a Ponte Wilson Coury Jabour Júnior, no Bairro Vitorino Braga. O local não somente simboliza a luta e resistência à escravidão, como é o reconhecimento da cidade à contribuição dos negros para o seu desenvolvimento econômico e cultural. A Praça foi a primeira do Brasil a ganhar o nome de um ex-escravo. Teóphilo foi escravo de Dona Francisca Umbelina Nazareth, em Vargem Grande. Em 1884, foi morto em decorrência dos castigos e maus-tratos sofridos.
A segunda homenagem foi à escrava Rosa Cabinda, no Largo Rosa Cabinda, localizado no cruzamento das Ruas Moacyr Amado dos Santos com Professor Lander, no Bairro Vitorino Braga. Ela foi escrava do Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld e lutou incessantemente por sua liberdade. Com base na Lei do “Ventre Livre”, a escrava decidiu obter a alforria mediante a oferta de indenização. Hoje, passados 140 anos, a denominação do logradouro, de Largo Rosa Cabinda, visa a estimular o debate sobre a história daqueles lutadores autênticos e, muitas vezes, anônimos para a historiografia oficial.
O 13 de maio de 1888 marcou a assinatura e o decreto da Lei Áurea, pela Princesa Isabel, abolindo a escravatura. E foi isso que o vice-prefeito Sérgio Rodrigues enfatizou: “Após 128 anos da abolição da escravatura, prestar homenagens como estas é um marco para a nossa história. Juiz de Fora reúne pessoas que fizeram e farão diferença em sua trajetória , que precisam ser valorizadas”. Para a supervisora de direitos humanos e cidadania da SDS, Giane Elisa, é preciso haver estratégias institucionais para enfrentar o racismo, incentivando a igualdade racial, e é isso que o Selo da Diversidade propõe.
FOTO: Gil Velloso
* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo telefone 3690-7767.
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