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JUIZ DE FORA - 19/3/2012 - 12:25
3º Simpósio de Doença Falciforme começa nesta terça-feira
Conselho Municipal de Saúde (CMS) e Fundação Hemominas, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a Santa Casa e a Associação dos Portadores de Anemia Falciforme (Apaftf), realizam nesta terça-feira, 20, o 3º Simpósio de Doença Falciforme. O evento acontecerá na Santa Casa, das 8h30 às 16h30. O objetivo do simpósio é debater e encontrar novas formas de inclusão social para o usuário falcêmico; obter maior integração do doente no sistema de saúde; além de celebrar o Dia Estadual da Conscientização da Síndrome Falciforme.
Entre as atividades programadas estão palestras e debates, proporcionando ao público maior entendimento sobre o assunto e esclarecendo dúvidas. Destaque para a palestra “Terapia celular: Tratamento de osteonecrose com células tronco”, com o médico ortopedista Gildásio de Cerqueira Daltro, renomado conferencista nacional, que vai tratar de novidades científicas na área.
O simpósio é aberto ao público em geral, mas focado nos profissionais de saúde e doentes. Cento e setenta pessoas se inscreveram para participar do evento. Confira a programação completa no quadro ao final da matéria.
A doença
A doença falciforme é uma alteração genética, e sua manifestação mais frequente é a chamada anemia falciforme. É uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos), caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue. Os glóbulos vermelhos são células que, com a doença, têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. Essa condição é mais comum em indivíduos da raça negra, mas pode ser observada também em pessoas de raça branca ou parda. O diagnóstico é feito através do exame chamado Eletroforese de Hemoglobina, que faz parte do teste de triagem neonatal (Teste do Pezinho), realizado antes de o bebê receber alta da maternidade.
A anemia falciforme pode manifestar-se de forma diferente em cada indivíduo: uns com mais e outros com menor intensidade. Os sintomas, que geralmente aparecem na segunda metade do primeiro ano de vida da criança, incluem, principalmente, dor nos ossos e nas articulações, podendo atingir qualquer parte do corpo. As crises têm duração variável e podem ocorrer várias vezes ao ano. São associadas ao tempo frio, infecções, período pré-menstrual, problemas emocionais, gravidez ou desidratação. Pode ocorrer, também, icterícia (cor amarela nos olhos e pele). Quando descoberta a doença falciforme, o bebê deve ter acompanhamento médico por toda a vida, para tratar adequadamente as crises.
Programação do Simpósio:
8h30 - Reconhecimento da inscrição
9h - Abertura oficial
9h30 – Palestra. Tema: “Uma vida com e sem anemia falciforme”, com Elvis Silva Magalhães. O moderador é o médico Sebastião Avelar
10h – Café
10h20 – Palestra. Tema: “Cetebio (Centro de Tecidos Biológicos) – Avanços tecnológicos e novos desafios”, com a médica Júnia Guimarães M. Cloffi. O moderador é o médicos Gildásio de Cerqueira Daltro
11h – Palestra. Tema: “Terapia celular: Tratamento de osteonecrose com células tronco”, com o médico Gildásio de Cerqueira Daltro. A moderadora é a médica Júnia Guimarães M. Cloffi
11h40 – Debate. O moderador é Elmano de Araújo Loures
12h – Almoço
14h – Palestra. Tema: “Política pública sobre doença falciforme em Minas Gerais”, com o médico José Nélio Januário. A moderadora é a médica Daniela Oliveira Werneck Rodrigues
15h20 – Debate. Os moderadores são: Ivan Chebli (coordenador técnico do Comitê de Saúde da População Negra da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora) e Waldir de Souza Gonçalves (presidente do Conselho Municipal de Saúde de Juiz de Fora)
16h - Café
16h30 - Encerramento
* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde, pelos telefones 3690-7123 / 7389.
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