A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc), em parceria com o sistema prisional, está abrindo novas turmas de cursos profissionalizantes para a população acautelada. Na última semana, teve início a turma masculina de Iniciação Profissional em Manutenção de Sistemas Elétricos Prediais. Para maio, está prevista a turma feminina no curso Iniciação Profissional em Operação de Máquinas de Costura Industrial Reta e Overloque. Já em junho, o curso ofertado será de Aperfeiçoamento Profissional em Conduta, Comunicação e Técnicas de Inserção no Mercado de Trabalho.
Vinculadas ao Projeto Integra, as atividades, que acontecem dentro da estrutura da Penitenciária I-José Edson Cavalieri (PJEC), são conduzidas por profissionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e custeadas com recursos de emendas parlamentares recebidas pela Sesuc dos vereadores André Luiz e Cida Oliveira.
O Projeto Integra, desenvolvido pela Sesuc, é uma estratégia aplicada no sentido de possibilitar o resgate da cidadania e a ampliação das perspectivas de ressocialização para pessoas temporariamente privadas de liberdade. Ações socioculturais e profissionalizantes buscam reduzir estigmas e abrir novos caminhos para a reinserção à sociedade na vida pós-sistema.
A articulação entre município e estado, firmada com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) e Polícia Penal de Minas Gerais, por meio do Termo de Cooperação Técnica nº 09/2022, tem por finalidade o fomento das políticas de cidadania, como foco em ações e projetos sociais, educativos, culturais e profissionalizantes que colaborem com o processo de ressocialização e reinserção, respeitados o âmbito de competência do município. Os trabalhos buscam abrir alternativas ao cárcere, potencializando a abrangência das ações locais de forma a torná-las, não somente mais efetivas, mas também mais humanas e cidadãs.
Nos últimos dois anos, a iniciativa foi responsável por introduzir novas dinâmicas no dia a dia de acautelados e acauteladas. Reflexão sobre a saúde mental dentro do sistema prisional, palestras, produção artística, reciclagem, visita externa a serviços e espaços públicos e até exposição de trabalhos no Espaço Cidade foram possibilitadas aos internos.