Secretaria da Saúde realiza simpósio para capacitar profissionais no combate à sífilis
Segundo o Ministério da Saúde (MS), 94% da população brasileira sabe que o uso da camisinha é uma forma segura de se relacionar sexualmente, porém, muitos ignoram, na prática, essa informação. Com isso, o número de pessoas com sífilis aumentou em todo o país, já que a principal forma de contágio é por meio da relação sexual. Para sensibilizar, capacitar e reproduzir informações importantes em relação à doença, a Secretaria de Saúde (SS), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SSVS), promoveu um simpósio sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e agentes de saúde participaram do primeiro dia do simpósio. O diagnóstico precoce, testagem e a importância de finalizar o tratamento foram alguns dos assuntos discutidos. “O dia 20 é dedicado ao combate à sífilis em todo os país, e aproveitamos a proximidade da data para promover o evento. É importante que os profissionais das unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps) estejam participando, pois, com a capacitação, poderemos oferecer um encaminhamento mais concreto, sabendo, por exemplo, se o paciente precisa fazer o uso da penicilina, que trata a sífilis”, explicou o coordenador do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Controle de Aids (DST/Aids), Oswaldo Alves dos Santos Júnior.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a sífilis atinge 12 milhões de pessoas em todo o mundo e sua erradicação ainda é um desafio para a saúde pública. Um dos problemas que os setores públicos e privados enfrentam é a falta da penicilina, conhecida como Benzetacil. Segundo o MS, a crise no abastecimento é em detrimento da falta de matéria-prima. A ausência do tratamento pode comprometer os sistemas nervoso central e o cardiovascular do paciente. Em Juiz de Fora há doses da penicilina. O tratamento da sífilis é feito no Centro de Vigilância em Saúde, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.
O uso do remédio para outras doenças também prejudica a aplicação das doses para quem precisa, conforme explicou o médico do programa, Marcos de Assis Moura: “Essa é a primeira linha de tratamento, mas o remédio ainda é usado para tratar outras infecções, o que pode tornar a indisponibilidade da medicação, mais rápida do que o normal”.
O tratamento da sífilis é indicado por um profissional da saúde e deve ser iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também devem fazer o teste e ser tratados. Em especial as gestantes. A penicilina é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê.
Todos os participantes do simpósio estão recebendo materiais referentes à doença, disponibilizados pelo Programa Municipal DST/Aids. O segundo dia do evento acontecerá nesta quarta-feira, 7, no auditório do Centro de Vigilância em Saúde, Avenida dos Andradas, 523, Morro da Glória, a partir de 14 horas.
TEXTO: Fernando Júnior FOTO: Gil Velloso
* Informações à imprensa podem ser obtidas com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde, pelos telefones 3690-7123/7389