Desmistificando a ideia de que as bibliotecas são espaços sisudos e silenciosos, a Biblioteca Municipal Murilo Mendes, localizada na Avenida Getúlio Vargas 200, Centro, vai abrir as portas excepcionalmente no próximo sábado, 2, para o projeto Biblioteca Mágica. A atividade acontece das 14h às 19h, e a ideia é oferecer ao público uma experiência lúdica e instigante, com mesas de RPG (Role Playing Game), reunindo narradores experientes e cenários intrigantes. A participação é gratuita e livre, com atrações para todas as idades, sem necessidade de inscrição prévia. Basta levar lápis e borracha. A dica é chegar cedo porque as mesas serão montadas por ordem de chegada.

Conforme Hussan Fadel, um dos responsáveis pela organização do evento, na Biblioteca Mágica, os jogadores tornam-se exploradores de mundos literários e reinventam o ambiente da biblioteca, tornando-o um ponto de encontro para a imaginação e a criatividade. “Este projeto nasce da percepção de que a biblioteca é um espaço para a construção de saberes e de que é fundamental estimular que as pessoas visitem e frequentem este ambiente, alimentando diretamente o hábito da leitura.”

Por meio do RPG, os participantes poderão experienciar a biblioteca de forma inusitada e divertida. Se tornarão sujeitos de suas próprias experiências, engajando-se em diálogos críticos e colaborativos, enquanto exploram as narrativas inspiradas em obras literárias. “Ao incorporar elementos lúdicos na exploração da literatura e da biblioteca, o projeto cria uma experiência culturalmente enriquecedora, onde os participantes se engajam ativamente com as narrativas literárias enquanto se divertem e aprendem."

O projeto Biblioteca Mágica é realizado pelo RPG Esporte Clube e Feroz Laboratório de Criação, com co-organização da Guilda da Capivara, grupo responsável por organizar inúmeras mesas de RPG em Juiz de Fora. A Prefeitura de Juiz de Fora e a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) apoiam a iniciativa, que se enquadra na proposta do município de alterar a concepção tradicional de biblioteca. O equipamento deixa de ser um espaço de armazenamento de livros ou depósito de saber para tornar-se cada vez mais dinâmica e participativa, um local de vivência cultural.