As múltiplas cores de pele fizeram parte de atividade proposta pelo projeto “Nossa Escola: Segurança, Cidadania e Cultura de Paz”, em abordagem ao livro “A Cor de Coraline”, com os alunos da Escola Municipal Jovita de Montreuil Brandão, no bairro Parque das Águas, nesta terça-feira, 26. 

A obra infantil coloca em questão a existência de um lápis cor de pele. A atividade utilizou do trabalho da fotógrafa brasileira Angélica Dass, intitulado Humanae, formado por imagens de pessoas de diversas etnias, associando as tonalidades de suas peles à escala mundial de identificação de cores, conhecida como Pantone, a fim de ampliar o entendimento sobre a diversidade racial. Com propósito despertar o conhecimento sobre as questões que orbitam a história da formação do povo brasileiro, as relações de poder, a construção de identidade e os efeitos subjetivos trazidos pela dissimulação do racismo presente na eleição de um dito lápis cor de pele, o encontro levou os alunos a olharem para a vasta gama de tons de pele de uma nova maneira.

    

Após a exposição do conteúdo, as crianças foram estimuladas a produzirem e colorirem um autorretrato. De acordo com a assessora da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania, Charline Juvenal, o trabalho já rendeu uma mudança de comportamento. “A grande maioria das crianças, procurou cores mais próximas ao seu real tom de pele, fugindo do estereótipo do bege ou rosinha. Isso demonstra a identificação favorável com sua característica racial e nos indica a assimilação de toda a lógica do pertencimento racial positivo que temos levado ao grupo. Nossa satisfação é estar contribuindo para a diminuição de estigmas e para a construção de um ambiente antirracista na escola e na comunidade”, afirmou.