“Nós somos histórias que se encontram e foi uma experiência linda”. Contou a professora de espanhol, Adriana Benony, citando o dia em que entrou em uma loja e, ao ser atendida, notou a pronúncia diferente do atendente. “Aí perguntei se ele era do Brasil e ele explicou que era venezuelano”. Tempos depois, a professora entrou em sala de aula para lecionar no curso “Português sem Fronteiras”, promovido pela Escola de Governo da Secretaria de Recursos Humanos (SRH) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH). Foi aí que se deparou com o então atendente Gonzalo Machuca. “O destino une os caminhos. Eu quero agradecer às autoridades que fizeram que se tornasse realidade aquela concepção passada a nós de que haveria empenho para que a nossa permanência aqui fosse melhor”, destacou o venezuelano, reforçando em espanhol a intenção de construir uma nova vida no Brasil.
Essa e outras histórias estiveram presentes na “Mezcla Cultural”, na última semana, no encerramento das aulas do curso para migrantes e das turmas de espanhol, do DEG. Foram 85 alunos-servidores concluindo o curso de espanhol, enquanto a turma de migrantes reuniu 25 participantes. Com alegria e apresentações culturais, o fechamento do ano das turmas conduzidas pela professora Adriana Benony transformou o auditório do prédio-sede da PJF em um espaço de compartilhamento de histórias e expectativas.
“O Brasil é um país continental. Sempre é um renovar aqui também. Sempre fomos muito abertos para os estrangeiros”, destacou a servidora da SEDH, Maria Cristina Alves. “Foi muito rico todo o curso e um desafio primoroso, porque conhecemos muitos colegas que não conhecíamos”, avaliou. Os participantes também puderam experimentar um prato típico da Venezuela. A aluna do curso “Português sem Fronteiras”, Maribel Velasco, apresentou, orgulhosa, o prato feito com uma farinha típica do país vizinho. “Nossa história se cruzou e espero que continue”, concluiu a professora Adriana Benony.