Cinquenta e seis miniaturas de trens, sendo 22 locomotivas e 34 vagões, foram doadas ao Museu Ferroviário de Juiz de Fora nesta terça-feira, 28. As peças, em sua maioria importadas, pertenciam ao economista Cláudio Moacyr Monteiro Travassos, que tinha o modelismo como hobby. Conforme sua filha, a professora Bianca Marques, na casa da família, em São Gonçalo (RJ), ele chegou a montar uma cidade inteira, cortada por uma ferrovia. “Tinha casas, pessoas, bondes, trens de passageiros e de carga e até uma hidrelétrica. Tudo movido a eletricidade”. Com o falecimento de Cláudio, Bianca e os irmãos Rogério, Ricardo, Rodrigo e Leonardo (in memorian) Travassos decidiram doar as peças, com aval da viúva, dona Elisabete.
A escolha pelo Museu Ferroviário de Juiz de Fora para receber o material se deu por conta do bisavô dos irmãos, Joaquim Maria de Herédia, ter sido funcionário da antiga Rede Ferroviária Federal na cidade. “Com esse emprego, ele garantiu o sustento da família e também era um funcionário muito querido por todos. Associado a isso, eu moro aqui em Juiz de Fora desde 1992 e acompanho as atividades do Museu Ferroviário”.
Em julho do ano passado, o equipamento urbano, mantido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e gerenciado pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), também recebeu uma doação de miniaturas de trens. As peças integram a coleção “Locomotivas do Mundo – o Fascínio das Ferrovias” e pertenciam aos irmãos Rogério e Ronaldo Assis de Souza, residentes em Belo Horizonte.
Conforme o supervisor do Museu Ferroviário, Marco Aurélio de Assis, após serem catalogadas, as peças da nova coleção devem ser colocadas em exposição. “Serão um atrativo a mais para visitantes e pesquisadores. Essas coleções ajudam a entender o funcionamento e a importância da ferrovia no desenvolvimento de Juiz de Fora, da região e de todo o Brasil”.