Na tarde desta quarta-feira, 30, a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) promoveu uma roda de conversa com mães de filhos com deficiência. O encontro foi realizado na Casa dos Conselhos, dando início ao projeto “Nem santa, nem guerreira, simplesmente mãe-mulher”, que tem como objetivo criar uma rede de apoio para esta parcela da população, garantindo direitos e oferecendo visibilidade à causa. Até setembro, serão oferecidos encontros mensais, sempre na última quarta-feira do mês, onde serão abordados temas diversos, com a presença de convidados.
A ação integrou a campanha “Março, Mais Mulher, Mais Democracia”, como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, com atividades temáticas diárias que seguem até esta quinta, 31. Outras informações no hotsite.
Segundo a coordenadora de políticas para pessoas com deficiência da SEDH, Rita Petronilho, a ideia do projeto surgiu como uma forma de vencer o isolamento ao qual as mães de filhos com deficiência são expostas. “Queremos dar voz para empoderar essas pessoas, criando uma rede de apoio mútuo. Neste primeiro encontro, realizamos o acolhimento, no qual elas contaram sua experiência como mãe. Como muitas não têm com quem deixar seus filhos, montamos um espaço dentro da Casa dos Conselhos, onde as crianças podem brincar enquanto suas mães participam da roda de conversa”, detalhou.
Já para a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD), Maria Valéria de Andrade, o primeiro encontro funcionou como um serviço de ouvidoria, captando demandas para auxiliar na formulação de ações futuras. “É preciso articular as políticas de saúde e assistência social para este público. Sou uma mulher com deficiência e conheço os desafios, mas é fundamental ouvir também as mães destas pessoas. Trata-se de uma experiência inovadora e que tem muito a contribuir com a política do setor”.
“Meu filho tem 12 anos e eu descobri o nanismo dele durante o oitavo mês de gestação. Muitos estados e municípios do interior não têm um acompanhamento genético. Daí a importância de uma rede como esta, pois muitas famílias não sabem a quem recorrer. Aqui, percebemos que não estamos sozinhas. Por mais difícil que seja a nossa caminhada, existe sempre alguém que precisa mais de acolhimento”, contou a delegada mineira da Associação Nacional de Nanismo do Brasil (Anabra), Hodânia Muniz.
O grupo que participou da primeira roda de conversa foi selecionado entre as beneficiadas pelo serviço do Passe Livre Municipal, que concede gratuidade de passagens para ônibus urbanos em Juiz de Fora. As interessadas em participar também podem entrar em contato com a SEDH pelo telefone (32) 3690-7331 ou através do e-mail sedh@pjf.mg.gov.br.
Outras informações:
(32) 3690-7331 ou sedh@pjf.mg.gov.br - Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH)
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