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JUIZ DE FORA - 6/12/2021 - 18:03
Dia da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra Mulheres propõe reflexões
Nesta segunda-feira, 6, acontece o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, data marcada pela Lei 11.489/2007, voltada para a promoção de ações de combate e conscientização dos homens sobre atitudes que contribuam para perpetuação de formas de violências pelas quais as mulheres são submetidas em nossa sociedade.
A violência doméstica é uma das principais formas de agressão contra as mulheres e, durante a pandemia, o número de casos disparou ao redor do mundo. Segundo o Relatório ONU Mulheres, duas em cada três mulheres relataram que sofrem ou conhecem alguém que sofre violência. O dado é alarmante, principalmente se levarmos em conta que em muitas situações os agressores não são denunciados. Estima-se que apenas 10% dos casos são denunciados.
São muitas as formas pelas quais as mulheres sofrem cotidianamente. De acordo com a assistente social do Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente (DSMGCA), Eliana Bernardo, a mulher deve atentar-se à situações em que pode ir identificando alguns sinais de violência contra ela, principalmente naquelas em que “é desrespeitada e suas decisões e escolhas são ignoradas; quando a confiança por parte do outro é inexistente; quando ela se sentir ameaçada; entre outras”
A assistente social também chama atenção para as mulheres adolescentes em situação de violência, pois elas precisam de um apoio extra para expor essas situações e conseguir buscar ajuda. “É fundamental que os adultos próximos a essas adolescentes mulheres estejam atentos aos sinais de mudança de comportamento, como isolamento, choro constante, medo e mudança de humor. É preciso estabelecer e cultivar a sororidade entre mulheres para superação desta realidade”, analisa Eliana.
Além disso, é necessário que os homens ajudem na construção de uma nova realidade, já que são os principais responsáveis pelas agressões físicas, psicológicas e sexuais cometidas contra as mulheres. No Brasil, a “Campanha do Laço Branco”, que simboliza o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra Mulheres, é coordenada pela Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG) e formada por uma série de organizações não governamentais. Entre suas atribuições está a promoção de eventos e atividades com o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens em ações concretas pelo fim da violência contra a mulher.
Serviços do DSMGCA
O Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente (DSMGCA) oferece um espaço de acolhimento para mulheres vítimas de violência, além disso, através do serviço social é realizada uma escuta qualificada para apoio, orientação e articulação com a rede.
Apesar de não ter habilitação legal para identificar ou confirmar a violência sexual, esses tipos de casos recebem acompanhamento médico especializado por meio do ambulatório de ginecologia e outras especialidades. Além disso, as mulheres que procuram o serviço são orientadas sobre serviços de acolhimento, acompanhamento, auxílio psicológico e legal disponíveis no setor público.
Ato simbólico na PJF
Na Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) organizou um ato simbólico e distribuiu laços e balões brancos no pátio da PJF em adesão à Campanha do Laço Branco da Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG).
O Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente fica na Rua São Sebastião 772, no Centro.
Histórico
A data remete a um evento ocorrido em 1989, em Montreal, no Canadá, quando um jovem invadiu uma sala de aula e ordenou que os homens se retirassem. Na sequência, começou a atirar, assassinando as 14 mulheres presentes. Em seguida, o rapaz suicidou-se e deixou uma carta com a justificativa de que apenas homens poderiam estudar Engenharia. O crime mobilizou o mundo, e, em 2007, foi instituído no Brasil uma data como dia para esta reflexão.
Outras informações:
(32) 3690-7144
Foto: Carlos Mendonça
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