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JUIZ DE FORA - 26/11/2021 - 15:37
Palestra debate autonomia e independência financeira da mulher vítima de violência
Em evento para promover o “empreendedorismo e cooperativismo para empoderamento feminino”, a Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade (Sedic), realizou, na manhã desta sexta-feira, 26, um encontro que teve como foco o público feminino em situação de violência doméstica. Essa foi mais uma ação da campanha “Nossas vidas importam - 21 dias de ativismo pelo fim das violações de Direitos Humanos das mulheres”, promovida pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH).
A palestra foi realizada na Casa da Mulher e teve como palestrantes as assessoras da Sedic, Adriana Freitas e Juliana Macário; o coordenador da Sala do Empreendedor, Diego Farnezi, além da membra da Rede educadora da Economia Solidária do Estado de Minas Gerais, Maria Geralda Lopes. Também esteve presente a Coordenadora da Casa da Mulher, Fernanda Moura; e o Secretário de Desenvolvimento, Ignacio Delgado.
Segundo Juliana Macário, esse foi um momento para debater as possibilidades de inserção da mulher no mercado de trabalho, respeitando sua subjetividade e fortalecendo sua autonomia enquanto possibilitadora de novas relações com os vínculos familiares e afetivos. “A proposta foi de expor as variadas formas de desenvolvimento de atividades profissionais em acordo com as habilidades e competências que cada mulher possui. O perfil pode apontar para o empreendedorismo e, nesse caso, serão apresentadas as formas de sua viabilização, como o processo de registro de MEI e legalização da atividade, possíveis formas de comercialização e estratégias de apresentação e comercialização dos produtos e serviços”, pontua Macário.
A servidora destaca, ainda, que foram apresentadas possibilidades de trabalho associado, como é o caso de cooperativas e associações que permitem às mulheres empreenderem em grupo, o que contribui para que se criem turnos de trabalho variados, alternativas para o cuidado com filhos/as, entre outras ações que atentem para a necessidade específica de cada uma.
"O momento que nós vivemos aqui hoje é muito importante para a Casa da Mulher. A maioria do público feminino que nós acolhemos, não têm autonomia financeira, então, a gente vislumbra algumas falas como as que escutamos aqui hoje. Nós iremos replicar, já estamos planejando outros momentos com as mulheres, para que a gente possa atender mais pessoas. A partir das experiências que foram compartilhadas aqui hoje, elas podem experimentar e vivenciar o empreendedorismo, com isso trabalhar por conta própria e fazer grandes investimentos, celebra a coordenadora da Casa da Mulher, Fernanda Moura.
Para a membra da Rede educadora da Economia Solidária do Estado de Minas Gerais, Maria Geralda Lopes, “é fundamental falar de empreendedorismo para as mulheres que sofrem violência, porque algumas mulheres não saem de casa por ter uma dependência financeira, então, nós apresentamos o caminho para que elas comecem um processo de liberdade do abuso dentro de casa. Essas ações são importantes, principalmente para nós, mulheres negras, periféricas. Dessa forma, podemos fazer nossa autogestão e ter um empreendimento”.
Foto: Assessoria/ PJF
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