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JUIZ DE FORA - 5/11/2021 - 16:15



Casa CEM incentiva a revelação musical do grupo “Ousado Amor”



Portal de Notícias PJF | Casa CEM incentiva a revelação musical do grupo “Ousado Amor” | SAS - 5/11/2021
A Casa CEM abre suas portas para a população em situação de rua e fomenta as habilidades dos seus usuários como ação essencial da política pública de acolhimento e cidadania em Juiz de Fora. É o caso de quatro acolhidos que aproveitaram seus talentos e criaram o grupo musical “Ousado amor”. Com o estímulo à produção de vínculos e acesso à cultura, os músicos investiram nessa integração e passaram a formar uma “família” no equipamento coordenado pela Adra Sudeste e supervisionado pela Secretaria de Assistência Social (SAS), onde vivem atualmente com outras perspectivas de vida.

Nathan, 25; Paulo, 35; Carlos Henrique, 37; e Carlos Eduardo, 44, são gratos à oportunidade de poderem se reunir na busca de objetivos comuns. E a música ofereceu a interação para desempenharem um papel semelhante ao que executou em suas vidas. Eles fazem suas vozes e sons instrumentais ecoarem pelo abrigo da Casa Cem, mobilizando outros moradores. Após experimentarem vários gêneros musicais diferentes, eles acabaram se aperfeiçoando no louvor.
“Falam que os pais são o espelho dos filhos. Então, estou tendo a oportunidade de reconstruir a minha vida, para poder me aproximar deles de uma maneira diferente”, afirma Carlos Henrique, que é pai de quatro filhos, viveu 29 anos em situação de rua e, atualmente, reside na Casa Cem. Quando fala dos filhos, um sorriso intenso ilumina seu rosto e a vontade de ser exemplo para a família se destaca. Com idas e vindas na instituição, ele refletiu sobre sua trajetória por várias cidades e lugares e optou, agora, pelo acolhimento. “Aqui eu me sinto em casa, a alimentação é sem palavras. Deixa a gente cada vez mais forte e não deixa você se sentir diminuído. O músico, assim como seu xará “Carlos”, é responsável pela percussão em um tambor improvisado, o que não se mostra um obstáculo para ele administrar a marcação no “instrumento”.

Paulo, por sua vez, é pai e avô e, agora, músico. Por meio da iniciativa da Casa Cem de ajudar na reinserção dos usuários no mercado de trabalho, ele conseguiu o emprego de auxiliar de serviços gerais. Após viver na rua por dez anos, faz um ano que ele é morador da instituição e já está aproveitando para retomar o convívio com sua família, inclusive conheceu a sua filha mais nova. Responsável pelo pandeiro, ele faz do instrumento de percussão uma extensão de si. Seu envolvimento com a música vem de quando participou de um grupo de pagode e mostra seu ótimo desempenho em diferentes estilos. Sobre as mudanças que aconteceram na sua vida, desde à rua até a Casa, ele ressalta que “o olhar que eu tinha antes não é o mesmo que eu tenho agora, atualmente, eu tenho um olhar de vitória".

“O nosso sonho é a música” revela Nathan Augusto, em tom de entusiasmo. Caracterizado pela sua determinação, após dois anos em situação de rua, atualmente se estabeleceu no acolhimento. Ele ressalta que antes de ir para Casa já havia conhecidos instalados na Casa. Responsável por insuflar uma rede de apoio, Nathan incentiva seus parceiros a persistirem em seus objetivos, inclusive, os musicais. O contato de Nathan com a música “veio de berço", pois a mãe e a irmã sempre cantaram. Mas foi no acolhimento que ele descobriu a força do atabaque, instrumento que ele toca e dá asas à sua voz.

Ao contrário dos outros, Carlos Eduardo já tem um contato mais antigo com a música, em especial, com o pagode. Atualmente, ele dá vida a um tambor improvisado e está no “corte”. Na Casa Cem há dois meses, ele conta que a instituição tem um diferencial de possibilitar a liberdade de ir e vir e auxiliar no currículo. Após morar na rua durante oito anos, o local torna possível uma convivência familiar, pois embora receba pessoas diferentes, há, também, os assistidos que já se instalaram fixamente na Casa.

Quanto à opção pelo Louvor, Nathan explica que foi “porque isso toca o coração das pessoas, elas se achegam e querem deixar a vida que estavam levando lá fora”. O grupo canta louvores religiosos em diversas ocasiões, das confraternizações até os momentos de inquietude que assolam as suas vivências. Eles revelam que já possuem o plano de, futuramente, compor suas próprias canções e se mostram comprometidos em expressar, cada vez mais, sua musicalidade.

Casa Cem

Criada no começo da Pandemia da Covid-19, em março de 2020, como trabalho emergencial de proteção às pessoas em situação de rua da cidade, o Serviço de Acolhimento para Adultos já atendeu cerca de 300 pessoas. O Centro de Educação do Menor, hoje, Casa CEM, está temporariamente desativada para as atividades escolares, mas em breve retornará ao seu funcionamento educacional. Enquanto isso não ocorre, a Casa de Acolhimento para adultos usa as dependências do local para o desenvolvimento do seu público-alvo.

Mais do que aproveitar as paredes de concreto que revestem o lugar em um ambiente seguro, uma equipe multidisciplinar de profissionais oferece aos assistidos o amparo necessário para suprir suas demandas nas áreas de saúde, assistência social e outras se necessário. A saúde mental, também, está no foco dos psicólogos. O lugar conta com cuidadores educacionais, auxiliar administrativo, profissionais dos serviços gerais e cozinheiras, que providenciam as seis refeições diárias dadas aos moradores.
O diferencial da Casa Cem tem sido a possibilidade do Departamento de Proteção Especial da SAS executar as políticas públicas municipais vinculadas, fortemente, com o compromisso do princípio da dignidade humana. Além de ofertar acolhimento à população em situação de rua, o local vem solidificando o fortalecimento de vínculos. Embora as pessoas em situação de rua tenham sua trajetória e particularidades, carregando consigo histórias de perdas e traumas, o Serviço de Acolhimento promove um ambiente para fortalecer o senso de pertencimento e a capacidade criativa dos assistidos, a partir de seus próprios vínculos familiares.

A coordenadora da Casa Cem, Camila Amorim, ressalta que as principais finalidades do desenvolvimento das ações é, justamente, contribuir para o fortalecimento de vínculos, a promoção e a valorização de pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social. “Nesse sentido, o objetivo é ofertar o serviço socioassistencial de Proteção Social de Alta Complexidade na modalidade de Acolhimento Institucional no formato de atendimento 24 horas.

O projeto, inicialmente, temporário, alcançou êxito em seu objetivo e se tornou um serviço fixo. A Casa Cem atende por dia 50 pessoas, das quais 10 são do sexo feminino. O funcionamento é feito por rotatividade, com usuários que se estabelecem de maneira estável e, também, aqueles que evadem, abrindo espaço para que outros entrem no local. Atualmente, a principal porta de entrada para o serviço é o encaminhamento feito pelo Serviço de Abordagem Social. A estadia no local parte da vontade de cada pessoa, ressaltando, assim, sua autonomia.

As oficinas são outras inciativas do serviço de integração entre os assistidos para ajudar em suas vidas. Entre elas estão: oficina de reflexão e dinâmicas em grupo; oficina de música para desenvolver a função de diferentes regiões do cérebro e diferentes estímulos sensoriais; oficina de artesanato diária para amenizar a ansiedade; oficina de desenho para incentivar a criatividade. Além disso, são elaborados projetos para trabalhar a autoestima como o “Aniversariante do mês”, o “Colorindo o Futuro” (expressão por meio da arte para a descoberta de habilidades e talentos), o “Horta Acolhedora” (interação com a natureza), o “Estima Vida” (orientação profissional das vivências pessoais de cada indivíduo). Acrescentam-se, ainda, atividades esportivas e direcionadas à mente (futebol e o Muay Thai - arte marcial da Tailândia), ações recreativas (Bingo) e culturais (“cinema em casa”).



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