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JUIZ DE FORA - 15/10/2021 - 16:48
Campanha com apoio da SAS recebe doação de absorventes para mulheres em situação de rua
Com a finalidade de garantir a dignidade menstrual das mulheres em situação de rua, de risco e vulnerabilidade, a cidade pode contribuir com a Campanha de Doação de Absorventes até o dia 9 de novembro. A iniciativa é da Casa Florescer, entidade sob a coordenação da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Sudeste Brasileiro (Adra), que é da rede parceira da Secretaria de Assistência Social (SAS). Os pontos de arrecadação são a Casa de Passagem para Mulheres, na Rua Oswaldo Cruz, 85, Centro, e em todas as unidades da Padaria Bom Brasileiro (Rua Braz Bernadino, 97; Rua Santo Antônio, 530; Rua Padre Café 36; e Quiosque Independência Shopping, L1).
A distribuição de absorventes para pessoas em situação de rua já acontece regularmente nos serviços de acolhimento provisório como a Casa de Passagem para Mulheres, em instituições como a Casa Florescer e pelo Serviço de Abordagem Social. Em todos os espaços de atendimento à população em situação de rua, a higiene pessoal é vista com atenção especial. Entretanto, quando há dificuldade para fazer a compra e arrecadação deste material, como é o caso agora, a entidade recorre às campanhas solidárias para mobilizar a sociedade em torno da causa.
A gerente do Departamento de Proteção Especial da Subsecretaria de Proteção e Promoção Social da SAS, Maria Cláudia Siqueira Dutra, ressalta a importância da campanha, principalmente, quando se trata das pessoas em situação de rua. “As pessoas que estão na rua não tem recurso para comprar esse tipo de material e, às vezes, não estão acolhidas nos espaços, não estão nas instituições de acolhimento, a questão da higiene fica precária, então, é um modo de manter a higiene mais preservada”.
Em Juiz de Fora, a Câmara Municipal discute em suas comissões técnicas um Projeto de Lei que busca dar fim à pobreza menstrual. A proposição é das vereadoras Laiz Perrut (PT), Cida Oliveira (PT), Tallia Sobral (PSOL) e Kátia Franco Protetora (PSC), que, agora, buscam apoio da maioria dos vereadores em plenário para aprovar o PL e esperar a sanção da prefeita Margarida Salomão.
A justificativa dada pelas vereadoras é que “a problemática que reflete não somente a falta de recursos para compra de produtos de higiene menstrual adequados, mas também o problema global da falta de acesso à água e ao saneamento básico. Além disso, expõe a desigualdade social que coloca considerável população sem garantias das condições socioeconômicas mínimas para viver com dignidade”.
A cidade vai em direção oposta ao movimento do Governo Federal, que vetou o Projeto de Lei 4.968/2019 da deputada Marília Arraes (PT-PE). A Lei foi aprovada pelo Congresso Nacional e versava sobre a distribuição gratuita de absorventes para mulheres estudantes, mulheres encarceradas e mulheres em situação de vulnerabilidade menstrual, carentes e de baixa renda assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (Suas).
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