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JUIZ DE FORA - 30/4/2021 - 12:20



Abordagem social constrói espaços sociais de equidade e igualdade



Portal de Notícias PJF | Abordagem social constrói espaços sociais de equidade e igualdade | SAS - 30/4/2021
“A abordagem social mexe com o corpo, com a alma e transforma a todos no caminho. Trabalhar no serviço de Abordagem Social é produzir mecanismos de redução de riscos e danos. Percorrendo as ruas ofertamos cuidado frente ao caos social e criamos vínculos, escutando os sujeitos e construindo as articulações necessárias para garantir o acesso à rede socioassistencial.” Esse depoimento do educador social Gledston Neves Marques, 46 anos, formado em Filosofia/UFJF, é a visão da dedicação diária de um abordador social, há um ano trabalhando na Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac).

Para Marques, a população em situação de rua é um grupo heterogêneo, caracterizado por sua condição de extrema pobreza, interrupção ou fragilidade dos vínculos familiares, alto consumo de álcool e drogas e falta de moradia convencional. “Criamos vínculos com essas pessoas ao enxergá-las de fato em suas vulnerabilidades. Permitindo, assim, a possibilidade de ofertarmos um serviço multiprofissional como forma de superação. De um banho até um acompanhamento à rede de saúde, muitas são as experiências vivenciadas nesse trabalho” argumenta, acrescentando que na rua não existe o isolamento, ela é por si a expressão da convivência, da troca e do coletivo.
O educador social também afirma que a rua “é espaço de exposição de riscos, exposição a qualquer tipo de violência. Temos um olhar sem julgamentos, sem repressão, que possibilita que uma relação de confiança se estabeleça e possamos ser uma alternativa para essas pessoas”.

Fabiana da Silva Crispim, 45 anos, assistente social há 16 anos da Amac, endossa a fala de Gledston Marques e esclarece que o serviço de abordagem social é um trabalho diário de identificação e mapeamento de vulnerabilidade, atendimento, acompanhamento e intervenções no território, com enfrentamento e superação das adversidades vivenciadas nos territórios percorridos pela cidade. “Os educadores sociais identificam a população em situação de rua e levantam as demandas provenientes desse cadastramento para o trabalho de assistência social”, afirma Crispim.

A assistente social entende que o seu trabalho é garantir a disseminação do conhecimento e efetivação dos direitos básicos de todos os cidadãos em uma dinâmica de proteção social proativa. Isso significa para ela a presença contínua e ativa em espaços públicos, dando consequência às demandas de um determinado território, mapeado e com diagnósticos das reais necessidades feitos pela abordagem cotidiana. A partir daí, o Serviço de Abordagem assume uma postura efetiva para realização de intervenções que atendam às necessidades da população assistida. A ideia é fomentar a melhoria das condições de vida da população em situação de rua, respeitando sua diversidade e especificidade, construindo e perpetuando espaços sociais de equidade e igualdade.

Crispim reafirma que o serviço de abordagem tem por objetivo levar e esclarecer direitos para esse público. “Então, tudo é muito conversado, acordado, mediado. Nada é imposto. Sensibilizar a população em situação de rua a aceitar ou receber algum serviço em seu benefício. Eu consigo perceber alguns avanços. Me sinto feliz com o trabalho realizado. É um trabalho diferente e consigo perceber a diferença na vida do usuário”.

A assistente social da Amac acredita nos resultados positivos da abordagem de rua, identificando histórias diferentes e interessantes. Ela lembra de um caso de uma mulher na primeira semana de trabalho: “recebemos uma denúncia que ela morava dentro de um carro abandonado. A partir da sua abordagem semanal junto com os educadores sociais do serviço conseguimos reunir alguns documentos e com isso atualizamos seu cadastro e ela passou a receber o bolsa família. No ano passado, conseguimos também que a mulher em situação de rua recebesse o auxílio emergencial e caminhasse para um outro patamar de vida”. Assim, com a mediação do Serviço de Abordagem, foi possível que a usuária dos serviços assistenciais conseguisse locar um lugar para morar dentro das suas condições, sendo assistida até hoje pela assistente social.

SAS e Rede Parceira

Em parceria com vários órgãos da PJF, inclusive com um Consultório na Rua, estratégia de atenção à saúde da população em situação de rua instituída pela Política Nacional de Atenção Básica e executado pela Secretaria de Saúde, o trabalho do Serviço Especializado de Abordagem Social da Amac é exemplo da ação em prol da população em situação de rua de Juiz de Fora. Segundo a gerente do Departamento de Proteção Especial, Maria Cláudia Siqueira Dutra, 45 anos, a Associação é uma das entidades da Rede Parceira da Secretaria de Assistência Social (SAS), contratada via termo de colaboração, que executa um serviço de extrema importância no atendimento à população em vulnerabilidade social. “A equipe de abordagem identifica crianças, adolescentes, adultos e pessoas idosas em situação de rua, faz levantamento sobre histórico e demandas, além de efetivar e acompanhar os encaminhamentos na rede de atendimento. O trabalho ocorre de forma ágil, percorrendo as ruas da cidade, principalmente da região central”.

Renata Almeida, 38 anos, há dois anos coordenadora desse serviço de abordagem social da Amac, explica que esse serviço é de proteção social especial de média complexidade, ofertado de forma planejada e continuada com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem. Um serviço de busca ativa em logradouros públicos para identificar crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos que utilizam esses espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência. “O serviço de abordagem realiza aproximação, escuta qualificada e construção de vínculo para atender, acompanhar e mediar acesso desta população à rede socioassistencial, de saúde e demais políticas públicas, respeitando o processo de compreensão, aceitação e autonomia da pessoa atendida”.

Durante a Pandemia, segundo a coordenadora, o serviço tem redobrado a atenção às pessoas mais debilitadas e os possíveis sintomas relacionados à saúde, incluindo-as nos abrigos emergenciais e dando orientações referentes aos cuidados importantes para a prevenção, acompanhada da distribuição de materiais de higiene e máscaras.
Para dar atendimento a uma média mensal de 800 abordagens para um público de 340 pessoas em situação de rua, a Amac conta com uma equipe de 18 abordadores sociais e dois assistentes sociais. Eles atuam, diretamente, nas ruas, de 7h às 23h, de segunda-feira a sexta-feira, e de 7h às 19h, sábado, domingo e feriados. A população pode solicitar abordagens pelo telefone 3690-7770.

Há 29 anos como servidora pública, Tânia Franklin, 53 anos, assistente social e supervisora da Proteção Social de Média Complexidade da SAS, ressalta, por sua vez, que a abordagem social é uma ação legítima, forte e cidadã que contribui para o atendimento às necessidades mais imediatas, buscando minimizar ou superar direitos violados com o objetivo de promover a inclusão social e a equiparação de oportunidades. “É um trabalho social de relevância ímpar que vai ao encontro, de fato, dos indivíduos e famílias que apresentam vulnerabilidades e riscos sociais que estão nas ruas, nas praças, nas pontes e viadutos, nas esquinas e estradas. Em cada abordagem, em cada intervenção, técnica e educativa, histórias de vida são identificadas, o outro é visto, é reconhecido na sua particularidade, na sua condição pessoal e social, no seu direito de ir e vir, nos seus deveres”.

O primeiro contato da população em situação de alta vulnerabilidade social com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é através do trabalho de abordagem social. Em outras palavras, é um dos meios mais significativos para que as diretrizes centrais da Assistência Social possam ser efetivadas para a população que mais dela necessita. O aumento de incidência da população em situação de rua, trabalho infantil, entre outras práticas laborativas em espaços públicos, justificam a existência de serviços de abordagem. Um trabalho de compreensão e atendimento de uma demanda crescente, que está ligada a fatores como desemprego e a desigualdade social no país.



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