NOTÍCIAS: DEFESA CIVIL
JUIZ DE FORA - 6/11/2020 - 17:04
Instituições demonstram ações locais para resiliência a desastres
O segundo dia do workshop “Juiz de Fora Mais Resiliente”, promovido pela Prefeitura de Juiz de Fora em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), foi marcado pela exposição das instituições participantes do evento, que falaram sobre como o município enfrenta as situações de desastres naturais. A partir do questionamento feito pelo público, os setores envolvidos no suporte e socorro a sinistros mostraram como atuam na prevenção, na ação em si e na resposta pós-episódios de calamidade. O evento on-line termina nessa sexta-feira, 6, e tem transmissão ao vivo pelo Youtube, a partir das 14 horas.
O público participa, respondendo a questões sobre como o município se encontra para o enfrentamento das adversidades naturais e também pode fazer perguntas à sala técnica, através de chat ou de envio por e-mail. Os representantes das secretarias da Prefeitura e das instituições ligadas ao tema respondem aos questionamentos no fim dos trabalhos de cada dia.
Nessa quinta-feira, 5, o subsecretário de Defesa Civil, Jefferson Rodrigues, explicou todo o trabalho realizado no município, reafirmando a preocupação dos organismos locais em estarem cada vez mais capacitados a atender às demandas e a reerguer as áreas atingidas após esses eventos: “Na prevenção, mantemos o mapeamento das áreas de risco constantemente atualizado e monitoramos esses espaços. Criamos o “Rede Alerta” para o envio de mensagens sobre chuvas às lideranças comunitárias em toda a cidade e desenvolvemos várias ações educativas como teatro de fantoche, blitz educativa e a implantação dos Núcleos de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs) nos bairros. Já diante no momento das ocorrências, é acionado de imediato o plano de contingência. Bombeiros, Polícia Militar, Cemig, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os órgãos internos da Prefeitura, como Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) e Secretaria de Obras, são mobilizados para atuar no local do problema. Na resposta, temos buscado parceiros para a implementação da engenharia pública, apoiando a população para a realização de obras de forma mais segura, evitando novos acidentes. O Plano de Redução de Riscos (PRR) prevê obras de contenção, com 50% delas já concluídas”.
A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) informou haver planejamento relativo ao desenvolvimento de território no município, disponível no site da PJF. De modo que, para acompanhar a dinâmica da cidade, está sendo instituído um modelo de gestão democrática do sistema municipal de planejamento de território, construído de forma intersetorial e com o objetivo de compartilhar as informações, a fim de contribuir com ações de resiliência.
A Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) registrou o apoio dado aos demais órgãos nas situações de calamidade, quando a infraestrutura instalada acaba sendo impactada pelos desastres e se faz necessária a rápida intervenção para a normalização dos serviços. A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) completou com a oferta de apoio operacional, no controle e redirecionamento seguro do trânsito. A Empresa Municipal de Pavimentação (Empav) citou a intervenção na recuperação de vias após os estragos provocados pelas chuvas. O Demlurb apontou que disponibiliza equipamentos e servidores para limpeza e desobstrução das vias. A Secretaria de Saúde (SS) reafirmou sua posição frente aos desastres, sendo um setor resiliente por natureza, ao responder permanentemente aos agravos e urgências. Bombeiros, Samu, Polícia Militar e Exército ficam alerta nos momentos de necessidade de esforço coletivo.
Ao aderir à campanha mundial “Cidades Resilientes”, Juiz de Fora se comprometeu a adotar medidas para o fortalecimento de instituições e ações para a melhoria da sua condição de resposta às adversidades naturais. Assim, numa primeira etapa, organismos locais responderam a um questionário. Agora, essas mesmas questões são submetidas à apreciação do público, de modo a contribuir com a pluralidade de visão, na definição de um perfil da capacidade de Juiz de Fora atender, socorrer e se reconstruir, sendo de fato uma cidade resiliente.
Em agosto, a cidade recebeu o certificado de compromisso com a resiliência. O documento é conferido pelo Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR) a cidades com o propósito de se prepararem para o enfrentamento de situações de emergência causadas por desastres naturais.
Confira a programação completa no link www.ufjf.br/resiliencia/jf-resiliente/inscricoes-e-programacao.
Outras informações, www.ufjf.br/resiliencia/jf-resiliente.
Veja os dez passos a serem seguidos para atingir a resiliência
1. Organizar-se para a resiliência frente aos desastres
2. Identificar, compreender e utilizar cenários de risco atuais e futuros
3. Reforçar a capacidade financeira para a resiliência
4. Promover o desenho resiliente e desenvolvimento urbano
5. Proteger zonas-tampão naturais para melhorar a função da proteção
fornecida pelos ecossistemas
6. Fortalecer a capacidade institucional para a resiliência
7. Compreender e fortalecer a capacidade social para a resiliência
8. Aumentar a resiliência da infraestrutura
9. Garantir a eficácia da preparação e resposta eficaz às catástrofes
10. Acelerar a recuperação e reconstruir melhor depois de qualquer desastre
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