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JUIZ DE FORA - 29/4/2019 - 15:23
Chuvas atípicas e falta de cuidados da população dificultam combate à dengue
As chuvas atípicas de abril e a falta de cuidados da população em vistoriar, semanalmente, suas residências e quintais para verificar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e chikungunya, preocupam a Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Dos 3.433 imóveis visitados pelos agentes de combate a endemias nas últimas forças-tarefas, 169 possuíam focos. Durante as vistorias, os agentes eliminaram 896 criadouros e trataram outros 2,5 mil depósitos com larvicida.
“A população precisa entender que combater o mosquito é responsabilidade de todos e não só do poder público. Cada morador, ou responsável pelo imóvel, precisa olhar seu quintal e as proximidades de sua residência, verificar se há recipientes abertos que possam armazenar água, recolher entulhos, mantercaixas d’água fechadas com tampa adequada, guardar garrafas sempre de cabeça para baixo e encher de areia até a borda os pratos dos vasos de plantas, além de incentivar seus vizinhos a fazerem o mesmo”, alertou a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Cecília Kosmann.
As chuvas atípicas de abril também preocupam a Vigilância Epidemiológica. Este mês, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou, em Juiz de Fora, acumulado de precipitações de 173,3 milímetros. O índice representa mais de duas vezes o previsto para o mês, conforme a média histórica, que é de 78,6 milímetros.
Por causa da chuva, a aplicação de larvicida contra os criadouros de Aedes aegypti nas marquises do Centro continua sendo feita pela equipe da “Sala de Operações da Dengue”. Estes locais podem acumular água e se tornar criadouros. Nesta terça-feira, 30, a reaplicação será na Rua Espírito Santo;quinta, 2 de maio, nas ruas Batista de Oliveira (parte baixa) e Francisco Maia; sexta, 3, nas ruas Batista de Oliveira (parte alta) e Roberto de Barros.
Limpeza de imóveis
Na quinta-feira, 2, duas moradias em situação insalubre serão limpas pela “Sala de Operações”. Estão localizadas no Bairro Benfica. O trabalho começará às 8 horas. Denúncias de situações que podem levar à proliferação do Aedes devem ser feitas pelo telefone 199 – Disque Dengue ou pelo aplicativo Colab.
Cerca de cinco mil caixas d’água são teladas pela Saúde
Um dos problemas recorrentes encontrados pelos agentes de combate a endemias são caixas d’água destampadas, perigosas para proliferação do Aedes. Entre agosto de 2018 até abril deste ano, a “Sala de Operações da Dengue” colocou telas em 4.760 recipientes.
Estas telas geram custos para a SS. Nos últimos nove meses foram gastos cerca de R$ 166 mil com esta ação, recursos que a administração municipal poderia estar investindo em outros projetos. “E o mais triste e preocupante é saber que muitas destas telas já foram arrancadas pelos moradores”, avaliou Kosmann.
*Informações na Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde pelos telefones 3690-7123/7389.
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