NOTÍCIAS: MUSEU MARIANO PROCÓPIO
JUIZ DE FORA - 18/12/2018 - 16:35
Pesquisa realizada no Museu Mariano Procópio será apresentada em universidade pernambucana
Mesmo morando em Pernambuco, a professora e pesquisadora Angelita Ferrari optou por produzir seu trabalho de doutorado em antropologia em Juiz de Fora, tendo o Museu Mariano Procópio como fonte, dando continuidade a suas pesquisas sobre a Viscondessa de Cavalcanti. O estudo aprofundará sobre os relacionamentos sociais da colecionadora.
Em 2013, Angelita publicou o livro "A Coleção de Pinturas em Miniatura da Viscondessa de Cavalcanti no Museu Mariano Procópio”, que reúne 104 pinturas em miniaturas do acervo da instituição, de diferentes técnicas e temáticas. As imagens retratadas no livro formam uma coleção de obras produzidas entre os séculos 18 e 20, mas, principalmente, do século 19, e apresentam uma diversidade de técnicas e temáticas, como retratos, cenas de gênero, animais, paisagens e natureza-morta.
Angelita pretende ficar na cidade até o início de janeiro, contudo, voltará à instituição em outras ocasiões, até a conclusão do trabalho de doutorado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFP), o que deve acontecer em 2021. Orientada pelo professor Dr. Alex Vailati, decidiu focar na rede de relacionamentos da viscondessa , além de estudar a família, tanto a parte dos Cavalcanti quanto a dos Ferreira Lage, e como a partir de sua coleção ela se manteve na elite de colecionadores da época.
Viscondessa de Cavalcanti
Amélia Machado Coelho nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1853. Em 1871, casou-se com o Conselheiro Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, agraciado com o título de Visconde de Cavalcanti, um dos estadistas mais conceituados do Império, senador, além de ter sido presidente das províncias do Ceará, do Piauí e de Pernambuco, além de ministro de quatro pastas: Negócios Estrangeiros, Agricultura, Justiça e Comércio e Obras Públicas.
A viscondessa era prima de Alfredo Ferreira Lage, colecionador como ela, e foi grande incentivadora da criação do Museu Mariano Procópio, para o qual doou a maior parte de suas obras, acumuladas durante décadas, dentre elas, a coleção de miniaturas. Uma delas integra o patrimônio do museu desde a década de 1930. Outros itens em destaque, são os postais e os leques com assinaturas de intelectuais, artistas, políticos, dentre outras figuras públicas conhecidas da época.
Foto: Divulgação
* Informações com a Assessoria de Comunicação do Museu Mariano Procópio
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