Teatro “Paschoal Carlos Magno” recebe grupo inclusivo premiado pela ONU
Projetado seguindo todas as normas de acessibilidade, como rampas e área para cadeirantes, entre outras características, o Teatro “Paschoal Carlos Magno” foi palco, nesta quinta-feira, 26, da peça “Ninguém Mais vai ser Bonzinho”, do grupo “Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização Pela Diversidade”, criado em 2003 pela atriz Tatá Werneck. Essa é uma das montagens da companhia, premiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por oferecer máxima acessibilidade ao público em seus espetáculos, com dez recursos de comunicação, como intérpretes de libras, visita guiada ao cenário, audiodescrição e material em braile, entre outros. O prefeito Antônio Almas esteve presente, prestigiando o evento.
Na plateia, cerca de 400 pessoas (com algum tipo de deficiência ou não) ocuparam os assentos do teatro e compartilharam risadas, provocadas pelas esquetes do espetáculo, que tratam com bom humor o preconceito e a falta de educação e de conhecimento sobre o universo das pessoas com deficiência. Oferecida pela organização não-governamental (ONG) “Escola de Gente – Comunicação em Inclusão”, a peça está em circulação pelo projeto "Aqui Trem Cultura Acessível", patrocinado pela MRS Logística, que percorre os municípios por onde passa a ferrovia.
Direito previsto em lei, a acessibilidade permite que pessoas com deficiência usufruam com equiparação de oportunidades de bens e serviços, como a cultura, que tem papel transformador, pois educa e permite a troca de experiências e opiniões, fortalecendo o desenvolvimento social. Criadora da “Escola de Gente”, Cláudia Werneck parabenizou a Prefeitura de Juiz de Fora(PJF) por sempre trabalhar com ações inclusivas: “A inclusão é proposta de trabalho diário, de construção, de aprendizagem. É importante nunca desistir.Hoje nós estamos aqui, com parceiros devotados nessa questão”, afirmou, citando também o apoio da MRS.
Teatro para todos
Uma das ações de inclusão realizada pela “Escola de Gente” é o reconhecimento do palco, antes do começo da peça, por pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual. Desta forma, é possível que elas percebam os elementos utilizados durante as esquetes e tenham entendimento melhor sobre as cenas. A estudante Nesliane Carneiro foi uma das pessoas a passar pela experiência. Ansiosa pelo começo do espetáculo, que foi acompanhado por fones de ouvido, com audiodescrição, ela elogiou a ação: “Achei muito interessante e criativo! Gostaria que todas as peças fossem assim. Desse jeito, é muito melhor para compreender o que os atores farão em cena”.
José Wilson faz uso de cadeira de roda para se locomover. Ele também elogiou o projeto: “Atividades assim são essenciais para promover a conscientização da população de maneira geral. A sociedade precisa avançar mais nesse aspecto, e essa é uma ótima oportunidade”.
Foto: Gil Velloso
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