NOTÍCIAS: MUSEU MARIANO PROCÓPIO
JUIZ DE FORA - 29/4/2008 - 12:18
Mapro e escola comemoram o “Dia do pau-brasil”
A Fundação Museu Mariano Procópio (Mapro) e a Escola Estadual Fernando Lobo comemoram, em 3 de maio, o “Dia do pau-brasil”, com diversas atividades voltadas para estudantes e a comunidade do Bairro São Mateus. No pátio da escola há uma árvore da espécie homenageada, que calcula-se, tenha aproximadamente 80 anos. “Através do projeto que vem sendo desenvolvido há vários anos, o pau-brasil se tornou um símbolo da escola. Os alunos sabem tudo sobre a planta, tanto sua importância histórica quanto ambiental”, afirmou a chefe do Departamento de Planejamento e Manejo do Parque Mariano Procópio, Maria das Graças Sarmento Duarte.
A professora da escola, responsável pela organização dos eventos, Nilza Neto de Paula Toledo, explica que as atividades com os estudantes serão mais abrangentes, transformando-se na “Semana do pau-brasil”, entre os dias 5 e 9 de maio. No dia 6, terça-feira, às 14h, haverá um abraço simbólico à árvore, com queima de fogos, que irá envolver, aproximadamente, 300 alunos do colégio e representantes da comunidade. “Será uma homenagem essencial para as pessoas se conscientizarem a ter mais cuidado com o meio-ambiente”, afirma Nilza.
Ela explica que a iniciativa na área de educação ambiental chegou ao conhecimento do jornalista do tablóide francês “L`agriculteur provençal”, André Abbe. Por meio de carta, ele elogiou o projeto, que “reflete a importância de sensibilizar sobre o trágico destino da Mata Atlântica e a necessidade de sua preservação com, somente, 7% restante de sua área normal”. O jornalista afirma ainda que irá produzir um artigo sobre o tema, citando o projeto desenvolvido pela escola, em parceria com o Museu Mariano Procópio, na edição que será publicada entre os meses de julho e agosto deste ano.
Pau-brasil
O principal valor histórico do pau-brasil reporta ao período do início da colonização, com a extração de um princípio colorante denominado “brasileína”, extraído do lenho e muito usado para tingir tecidos e fabricar tinta para escrever. A sua exploração intensa gerou muita riqueza ao reino e caracterizou um período econômico da história brasileira, que estimulou a adoção do nome “Brasil” ao país.
Diante da exuberância encontrada, os portugueses descobriram a existência de uma riqueza para eles inesgotável. Os índios brasileiros já utilizavam esta árvore para a confecção de arcos, flechas e a pintura de enfeites, com um corante vermelho intenso, extraído do cerne. A técnica foi ensinada aos portugueses pelos próprios índios, que também foram encarregados de cortar, aparar e arrastar as árvores até o litoral, onde carregavam os navios a serem enviados para a Europa.
*Outras informações com a Assessoria de Imprensa da Mapro pelo telefone 3690-2014.
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