A estruturação de uma rede forte de acolhimento às vítimas de violência no município e a identificação dos equipamentos que a compõem foi a principal pauta abordada no encontro do eixo de mapeamento do projeto “Cultura de Paz e Prevenção das Violências: Tecendo Redes” com a Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc). O projeto faz parte da parceria estabelecida entre a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira, 5, no Conselho Municipal de Segurança Urbana e Cidadania. Os encontros entre o eixo e as secretarias tiveram início no dia 27 de setembro, através de uma reunião realizada com a Secretaria de Assistência Social (SAS). Para as próximas semanas, os integrantes do projeto estão programando reuniões com as Secretarias de Saúde (SS) e Educação (SE) para que seja possível compreender como cada setor pode contribuir para estruturar e integrar a rede de acolhimento às vítimas de violência.
O professor Paulo Fraga apontou em qual etapa o eixo de mapeamento está atuando. "Estamos fazendo a identificação das instituições que integram essa rede e atuam decisivamente no município. Boa parte dos equipamentos que acolhem as vítimas de violência pertencem às secretarias”.
O coordenador do eixo de mapeamento, Wagner Batella, evidencia a importância desses encontros com os diversos setores da PJF. “A ideia dessas reuniões é buscar, com os representantes das secretarias, indicações de serviços, contatos e contribuições de forma geral para formarmos essa rede integrada de acolhimento às vítimas, no município de Juiz de Fora”.
A secretária da Sesuc, Letícia Delgado, defende a relevância dessa parceria entre a PJF e a UFJF para o enfrentamento e prevenção das violências. “É preciso compreender o fenômeno da violência como algo intersetorial e multicausal. Nunca vamos conseguir pensar a violência através de um único olhar. Então, essa intersetorialidade mostra-se essencial ao trabalharmos com a prevenção das violências. Nesse sentido, a secretaria tem o papel de ajudar a criar conexões com os atores dessa rede no âmbito municipal e estadual também”.
Vale ressaltar que são poucos os municípios que possuem uma secretaria especializada em segurança pública e cidadania, como é o caso de Juiz de Fora. Dessa forma, o comandante da guarda municipal, Leandro Lisboa Barros, enxerga a formação de uma rede de prevenção como uma grande oportunidade de vencer desafios: “Essa é uma forma de trabalharmos a temática da segurança pública a partir de discussões acadêmicas e com um direcionamento mais claro. A orientação do nosso trabalho por meio de indicadores e de políticas públicas resultará em ações mais assertivas. Com certeza essa parceria vai agregar muito”.
Também esteve presente no encontro a professora do Departamento de Geografia da UFJF, Clarice Cassab.
O Eixo de Mapeamento do projeto Cultura de Paz
O eixo de mapeamento, dentro do projeto, é uma parte que estrutura a rede de atenção à questão da violência. Ele se divide em etapas. A primeira busca reconhecer quais são as instituições que fazem parte da rede de acolhimento às vítimas de violência no município. Normalmente, estão entre as unidades de atendimento: delegacias, hospitais, Centros de assistência social e até mesmo escolas. Em seguida, os integrantes do eixo fazem um levantamento qualitativo acerca de como elas funcionam, para identificar as limitações e potenciais de cada uma.
Na segunda etapa é feita uma análise espacial, onde o foco é fazer um levantamento de onde esses equipamentos estão localizados e quais relações apresentam com os territórios onde se situam, como, por exemplo, características de renda, populacional e sociais do público que atendem.
Cultura de Paz e Prevenção das Violências: Tecendo Redes
O Projeto é uma parceria entre a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e busca contribuir para o desenvolvimento do Plano Municipal de Fortalecimento da Vigilância das Causas Externas da PJF. A iniciativa tem duração de seis meses e vai contar, ainda, com fóruns e campanhas que pretendem alcançar as comunidades e sensibilizá-las para o debate sobre o tema e para a busca de soluções para as diferentes demandas.
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