Natural de Juiz de Fora, o escritor Rubem Fonseca (1925-2020), considerado um dos maiores contistas brasileiros do século XX, é o homenageado na primeira mostra realizada pela Biblioteca Municipal Murilo Mendes, localizada na Avenida Getúlio Vargas – Praça Antônio Carlos, no Centro, após a retomada dos serviços. O autor, que teria completado 97 anos neste mês (dia 11), dá nome à exposição montada no saguão do equipamento cultural, reunindo 13 livros de sua autoria, além de uma revista abordando sua trajetória.
“Com essa mostra, queremos incentivar os visitantes da biblioteca a conhecerem a obra de Rubem Fonseca e a retirarem livros de sua autoria, disponíveis em nosso Setor de Empréstimo”, afirma a supervisora da Murilo Mendes, Fátima de Araújo Aguiar. Ela informa que a exposição fica em cartaz até o fim do mês, com visitação gratuita e livre para todos os públicos, de segunda a sexta-feira, das 8h15 às 17h45.
Autor de clássicos como “Agosto”, “Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos” e “O Cobrador”, Rubem Fonseca teve seu trabalho reconhecido com várias premiações, incluindo o Prêmio Camões, apontado como o mais importante da língua portuguesa. Seu estilo é marcado pela ironia, pela linguagem afiada e pela abordagem da violência, tendo criado personagens do submundo e retratado o ambiente claustrofóbico dos centros urbanos. Advogado por formação, exerceu o cargo de policial nos anos 1950, o que acabou por influenciar seu estilo literário.
Rubem Fonseca viveu a maior parte da vida no Rio de Janeiro, mas, em Juiz de Fora, participou ativamente da mobilização cultural para transformar a Fábrica de Tecido Bernardo Mascarenhas no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM).