NOTÍCIAS: DEFESA CIVIL
JUIZ DE FORA - 6/10/2015 - 17:21
Semana da Defesa Civil - Segunda palestra debate prevenção de desastres naturais abordando exemplo japonês
Utilizando como exemplo a experiência japonesa na prevenção contra desastres, Fabiano Villas Bôas, coronel da Polícia Militar de Minas Gerais, mestre em Direito Público e ex-secretário executivo da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG), ministrou a segunda palestra da Semana de Defesa Civil, na manhã desta terça-feira, 6. A experiência sobre o sistema utilizado no país asiático foi adquirida após um acordo internacional firmado entre o estado de Minas Gerais e a província japonesa Aichi, durante sua gestão na Cedec. 'Minas foi o primeiro lugar com óbito ocasionado por tremor de terra. Por causa disso, nós firmamos uma parceria com técnicos japoneses para estudar a situação em Montes Claros, pois precisávamos levar tranquilidade à população. A parceria resultou no acordo de cooperação técnica, o qual prevê que, de ano em ano, equipes de Minas viajem até o Japão e equipes de lá venham até aqui para realizar estudos', explicou Fabiano.
Com cerca de 127,4 milhões de habitantes, o Japão sofre anualmente um número elevado de desastres naturais, como terremotos e tsunamis e, para reduzir o risco, o país possui uma estrutura muito grande de prevenção de sinistros e gerenciamento emergencial. Conforme Fabiano, apesar de o Brasil não possuir o mesmo desenvolvimento, o sistema executado pelos japoneses é válido para ser aplicado pela Defesa Civil brasileira, pois tem como foco principal a educação preventiva para crianças: "O ponto fulcral é a ação da Defesa Civil nas escolas, inserida de um modo transversal, em que as crianças pensam em prevenção no momento em que estão aprendendo sobre todas as matérias".
O coronel apresentou outras medidas usadas para responder com eficiência aos desastres, como equipamentos utilizados nos prédios para absorver a energia dos sismos, caminhões para treinamento que simulam terremotos, tecnologias desenvolvidas para minimizar os danos e prejuízos estruturais e cursos promovidos em universidades para divulgar o trabalho de Defesa Civil. Por fim, Villas Bôas ressaltou a importância do trabalho voluntário executado pelos agentes. 'A ação dos voluntários tem três pontos fundamentais. O primeiro é que você tem a capacidade técnica de todas as áreas da cidade através dos agentes, somando muito ao trabalho desenvolvido. Em segundo lugar, eles permitem uma inserção e mobilização social maior. O terceiro aspecto é que, na hora do desastre, quanto maior o número de voluntários, mais bem preparada estará a comunidade para combater a situação'.
De acordo com o subsecretário da Defesa Civil de Juiz de Fora, Márcio Deotti, várias atitudes adotadas no Japão, e citadas por Fabiano durante a palestra, já fazem parte do trabalho realizado pelo órgão em Juiz de Fora: "Dentre os exemplos dados, nós já realizamos o mapeamento de risco do município, o plano de contingência, e promovemos ações preventivas, como o Defesa Civil vai às escolas e as blitze educativas. Também temos o curso de formação de agentes voluntários. Com estas ações, nós conseguimos seguir o padrão adotado por eles".
Cleusa Santos faz parte da Associação dos Diplomatas da Escola Superior de Guerra (Adesg) e sempre participa dos encontros promovidos pelo órgão. "Além da associação promover um trabalho cultural de conscientização dos problemas brasileiros, eu vim participar da palestra como cidadã, sujeita a todas as vulnerabilidades. O trabalho preventivo e o crescimento da Defesa Civil em todos os pontos é muito importante, não só no que já temos dentro do nosso cenário, mas também na busca de outras técnicas', declarou. Membro da Associação dos Agentes Voluntários de Defesa Civil, Jorge Oliveira completa: 'A palestra foi maravilhosa! Tivemos muitos esclarecimentos sobre diferentes pontos e percebemos a importância da divulgação e orientação a toda a sociedade'.
*Informações com a assessoria de comunicação da Secretaria de Obras pelo telefone 2104-8776.
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