Prefeito propõe estratégia conjunta para solucionar casos de desaparecimento de crianças em Juiz de Fora
“A cada 15 minutos, some uma criança no Brasil”. A afirmativa pontuou a reunião, realizada na tarde dessa terça-feira, 28, na sede do Conselho Regional de Medicina (CRM), em que entidades e poder público discutiram o tema, para buscar soluções conjuntas definitivas. Estiveram presentes o prefeito Bruno Siqueira, acompanhado do secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Michael Guedes, os delegados regionais do CRM, Jairo Silvério, José Nalon e Cícero Lima, conselheiros tutelares, representantes das secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Social, do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e da Unimed Juiz de Fora. Bruno propôs diretrizes de atuação, com mobilização de diversos setores da Prefeitura, e um evento de lançamento da campanha.
O conselheiro Jairo Silvério abriu a reunião falando da necessidade de se formar uma estratégia única que possa resgatar as crianças e prevenir o seu desaparecimento. Segundo ele, esse é o propósito da campanha, que busca um envolvimento que motive a sociedade a participar efetivamente. O prefeito Bruno Siqueira colocou a prefeitura à disposição para realizar a campanha conjunta, assumindo o protagonismo dessa iniciativa. “É preciso mobilizar todas as entidades públicas e privadas. Juiz de Fora tem 63 Uaps, quase cem escolas e 30 creches municipais, mais de 500 ônibus urbanos, que podemos utilizar como mecanismos de divulgação. Os pais e professores também podem orientar as crianças a como agir com estranhos”.
Bruno anunciou, ainda, um evento de lançamento da campanha: “Podemos realizar um grande evento, com a participação de todos os parceiros, da mídia, das entidades, do poder público, da polícia, Uaps, escolas, objetivando divulgar ações fáceis de combate ao desaparecimento, como telefones importantes, orientações sobre o procedimento nas ocorrências, formas de prevenção e locais onde a criança pode obter ajuda e acolhimento”. O prefeito enfatizou, ainda, a importância de começar a discutir a questão como forma de conquista de direitos, usando o exemplo das ações em defesa dos direitos das mulheres e conquistas gradativas, como a Casa da Mulher, a delegacia especializada e a lei Maria da Penha. “Assim como as mulheres sabem onde procurar ajuda quando sofrem violação de direitos, as crianças que sofrem maus tratos, o principal motivo da fuga de casa, também podem ter uma referência que evite o desaparecimento”.
O secretário Michael Guedes citou ações que a prefeitura já executa e outras que podem ser incorporadas à campanha. O portal da PJF já faz a divulgação do site estatual , através de um banner na página principal. Para o secretário, mais ações podem ser feitas nesse sentido. “Podemos divulgar pelas repartições e canais da PJF, produzir filmes para a TV indoor. No site, podemos unificar os endereços específicos que contêm informações dos desaparecidos e potencializar a agilidade, que é fundamental nesses casos. As mídias da PJF estão todas à disposição. Já temos ações concretas nesse sentido e podemos ajudar na conscientização e prevenção desse problema, que é muito grave. Juiz de Fora tem condição de se tornar referência na busca de crianças desparecidas”.
O próximo passo é montar uma equipe de trabalho interinstitucional capaz de começar a executar as ações que serão lançadas no evento proposto pelo prefeito. Inicialmente, o grupo será composto por servidores da prefeitura, conselheiros do CRM e empresas privadas.
FOTO: Carlos Mendonça
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