NOTÍCIAS: SECOM
JUIZ DE FORA - 26/2/2015 - 19:56
Produtos feitos com material reciclável se transformam em renda
Materiais que seriam descartados no aterro sanitário se transformam em bolsas de alta qualidade. A confecção é feita pelas acauteladas da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. Nesta quinta-feira, 26, foram doados ao Centro de Convivência Recriar, parceiro da Associação Pró Saúde Mental “Trabalharte”, cerca de 60 itens, entre bolsas e porta lixo para carros. O material foi entregue pelo diretor geral do Demlurb, Marlon Martins, para ser customizado pelos usuários do centro. A ação foi possível através da parceria entre o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) e o projeto “Bem Comum”, da Secretaria de Comunicação Social (SCS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).
Todo o material doado foi produzido pelas detentas que integram o programa social e ambiental, executado pela parceria entre a PJF, através do Demlurb, e a Secretaria de Estado de Defesa Social. As funcionárias recebem um salário mínimo, sendo que 25% desta remuneração ficam para custeio do programa. A cada três dias trabalhados, ganham um dia de remição no cumprimento da sentença. A carga de trabalho é de oito horas por dia, de segunda a sexta-feira, com uma pausa de uma hora de almoço.
Marlon Martins afirmou que o trabalho feito pelas acauteladas é atuante na área ambiental e social. Ele explicou que o material usado para confeccionar as bolsas seria descartado no aterro sanitário de Dias Tavares. Como o material é agressivo ao meio ambiente, ele é recolhido e destinado às acauteladas da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, para produção de bolsas e outros produtos, como caminhos de mesa e necessaires. A renda recebida pelas detentas ajuda suas famílias. Marlon ressaltou a parceria com o “Bem Comum”, afirmando que é sempre bom ajudar, e que o Demlurb está abraçando o projeto.
A psicóloga e coordenadora do Centro de Convivência Recriar, Ilka Araújo, observou que o material recebido tem qualidade excelente e uma costura muito bem feita. A personalização será feita pelos usuários do ateliê, que têm mais facilidade e afinidade com pintura, e será de acordo com o perfil da “Trabalharte”, com cores vivas e fortes. A intenção é tornar o produto o mais criativo possível. Depois de customizadas, as bolsas serão vendidas em um bazar com grande visibilidade pública e participação da comunidade. O dinheiro arrecadado será investido em ações da instituição, bem como na compra de itens utilizados na confecção dos artesanatos, como tinta e pincel.
* Mais informações com a Secretaria de Comunicação Social pelos telefones 3690-7245/7599.
IMPRIMIR