NOTÍCIAS: DEFESA CIVIL
JUIZ DE FORA - 22/9/2014 - 12:54
Simulação de alagamento no Bairro Industrial reúne mais de 200 participantes
Na manhã de sábado, 20, a Defesa Civil realizou, pela primeira vez, uma simulação de alagamento, na Avenida Lúcio Bittencourt, Bairro Industrial, zona norte da cidade. A atividade contou com mais de 200 participantes, além dos moradores não cadastrados, que assistiram à ação, na qual foi criado um cenário hipotético, com um acumulado de chuva de 50 milímetros e previsão de mais 100 milímetros para os dias seguintes. Faixas amarelas sinalizavam as áreas alagadas. A partir daí, começaram as providências de socorro, com acionamento dos órgãos competentes.
Entre os participantes, estavam representantes de diversas secretarias da Prefeitura, Cesama, Guarda Municipal, Defesa Civil Estadual, 27º Batalhão da Polícia Militar, 4º Batalhão de Bombeiros, 4º GAP do Exército Brasileiro, Samu, moradores pré-cadastrados e agentes voluntários da Defesa Civil de Juiz de Fora.
"Nosso objetivo foi testar o plano de contingência e treinar a comunidade, sobretudo, na evacuação. Escolhemos esse bairro devido ao histórico de alagamentos, cujas soluções não são simples, nem baratas. Os projetos para solucionar o problema estão sendo desenvolvidos, mas, enquanto isso, estamos preparando a todos para que se tenha o mínimo de perda material e humana diante do acontecimento", explica o subsecretário de Defesa Civil, Márcio Deotti.
O subsecretário ressaltou, ainda, a importância da estação hidrológica, localizada na ponte Domingos Alves Pereira, no Bairro Santa Terezinha, para prevenir alagamentos e inundações, e a aquisição de aparelhos de alerta para esse fim: "A estação hidrológica permite saber, de dentro da Defesa Civil, quanto o Rio Paraibuna subiu seu nível, o que permitirá calcular quando o Bairro Industrial, por exemplo, pode alagar, no período de chuvas. Além disso, estamos na busca de aparelhos para serem instalados nos bairros. Estamos empenhados na busca de soluções".
O tenente Moisés Honório pertence ao 4º Batalhão de Bombeiros e estava à frente de sua equipe na simulação. Ele destacou a importância do trabalho preventivo: "Com esta ação, minimizamos as falhas ao máximo para, na hora do sinistro, agirmos da melhor forma possível. Com certeza, a população se sente mais protegida, vendo que o poder público se preocupa com sua segurança".
Membro da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Industrial, Nélio José de Oliveira participou da simulação. "É a primeira vez que temos uma simulação como esta aqui. Esperamos com isso um retorno positivo para atenuar o sofrimento dos moradores na época das chuvas", diz.
Sandro Heleno Gomes Ferreira é diretor de ensino em Defesa Civil no estado de Minas Gerais. Ele fez questão de vir a Juiz de Fora participar do simulado e destacou a importância da ação: "Tenho certeza que essa é uma das medidas mais eficazes e necessárias na prevenção, pois prepara os órgãos competentes e a comunidade, que tem uma parcela grande na proteção da defesa civil. A ação gera conhecimento e engajamento na resposta ao desastre".
Augusto Vale, agente voluntário do Bairro Manoel Honório/Bairu, e Januária Garcia, agente voluntária do Parque Burnier, participaram da atividade. Segundo Augusto, toda prevenção é válida: "Achei muito bom. Mobilizou a comunidade". Para Januária, foi muito importante, já que agora eles entraram para a equipe da Defesa Civil: "Hoje aprendemos um pouco mais, pois se acontecer o problema, nós poderemos participar efetivamente".
Como foi feita a simulação
A simulação começou após um acumulado de chuva hipotético de 50milímetros no bairro, com previsão de chover mais 100 milímetros nos dias seguintes. A Defesa Civil trabalha com o montante registrado nos 38 pluviômetros da cidade e com as previsões dos satélites meteorológicos. A partir de 120 milímetros, fica em alerta, e, de 140 milímetros, evacua a área.
O trabalho foi feito em etapas, e faixas amarelas simulavam as áreas alagadas. Primeiro, um morador acionou a Defesa Civil através do 199, e o primeiro engenheiro foi deslocado para o local. Ao chegar, ele chamou uma segunda equipe, composta de outro engenheiro e de assistente social, para fazer a evacuação da área.
Em seguida, os órgãos competentes foram acionados, cada um com o seu papel no teatro de operações. O Samu iniciou o atendimento das supostas vítimas, que foram retiradas de suas residências com o barco do Corpo de Bombeiros, sendo levadas para o Hospital de Pronto Socorro, quando necessário.
Os moradores que haviam sido retirados do local foram para uma área segura de triagem na parte mais alta da Avenida Lúcio Bittencourt, que não estava alagada. Lá, eles receberam apoio da assistência social, que encaminhou as famílias desabrigadas para a casa de parentes ou abrigos e fez a doação de colchões, roupas, comida, etc. Depois que o nível da água baixou, Cesama, Secretaria de Obras, Demlurb e Secretaria de Saúde, através da Vigilância Sanitária, foram acionados para fazer a limpeza do local.
* Informações com a assessoria de comunicação da Defesa Civil pelo telefone 2104-8776.
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