NOTÍCIAS: MUSEU MARIANO PROCÓPIO
JUIZ DE FORA - 28/7/2014 - 17:21
“Caça ao Saci” no Museu Mariano Procópio tem final inédito
O saci foi capturado durante a aventura promovida nas noites de quinta-feira, 24, e sexta-feira, 25, no parque do Museu Mariano Procópio. Nas outras edições da “Caça ao Saci”, o personagem sempre conseguia escapar de barco pelo lago do parque, não sendo alcançado por ninguém. Porém, desta vez, a “caçadora” e “sacióloga” da Biblioteca Murilo Mendes, Margareth Marinho, esperou o saci voltar para terra firme e o capturou utilizando a peneira de taquara, a garrafa escura e uma rolha.
“Tive que ir sozinha, escondida, para o saci não perceber e fugir de novo. Quando cheguei com a peneira perto dele, ele paralisou, foi encolhendo até ficar em um tamanho que dava para eu colocá-lo na garrafa”, contou Margareth, exibindo o personagem capturado para as crianças atentas. “Mas, assim que todo mundo for embora, eu vou soltá-lo novamente no meio do mato, pois ele não pode ficar preso, porque é protetor das matas”.
Cerca de 40 crianças participaram da caçada ao saci pelas trilhas do parque do museu, que estava todo decorado com imagens do saci e adereços lembrando redes de balançar. No caminho, os caçadores também encontravam pistas como gorros e cachimbos. A primeira surpresa dos participantes foi ver a personagem caipora, apitando em cima de uma árvore. “Ela não fala, só assobia, e também é um ser protetor das matas”, explicou Margareth.
Ao avistar o saci, a euforia foi grande entre as crianças. “Vou te pegar saci”, gritavam. “Vem aqui, vou esperar sentado. Ninguém vai conseguir me pegar”, respondia, debochando, o personagem interpretado pelo ator Adelino Benedito. E após fugir por várias vezes dos caçadores pelo parque, o saci entrou em um barco e foi dar voltas pelo lago antes de ser capturado pela “sacióloga”.
“Ele disse que a gente não ia conseguir pegar, mas a tia foi lá sozinha e o colocou dentro da garrafa”, disse Manuelle, de 7 anos. “Acho que a caçada resgata o encantamento do folclore brasileiro, que está tão esquecido. Foi uma atividade dinâmica e muito bem contextualizada pela contadora de história”, declarou a mãe de Manuelle, Renata Rainho. “A parte que eu mais gostei foi quando ele entrou de barco no lago e ficou bem perto da gente. Mas eu só tive medo quando ele apareceu a primeira vez, lá no bambuzal”, ressaltou Maria Luiza, de 6 anos.
Ao final da caçada, Margareth Marinho lembrou também a importância da leitura para os participantes. “Para saber mais sobre ele, vocês precisam ler o livro “O Saci”, de Monteiro Lobato”. Na saída, cada criança recebeu um pirulito do saci de lembrança. Outras duas edições estão agendas, para agosto e outubro. O evento é uma realização em parceria do Museu Mariano Procópio e d a Biblioteca Murilo Mendes/Funalfa.
* Informações com a Secretaria de Comunicação pelo telefone 3690-7245.
IMPRIMIR