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JUIZ DE FORA - 17/5/2005 - 14:54
Exposições Paisagens hidráulicas e Lenda da memória podem ser visitadas a partir de quinta-feira
As Galerias Celina Bracher e Heitor de Alencar do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas abrigam, respectivamente, a partir desta quinta-feira, dia 19, as exposições Paisagens hidráulicas, de Juliano Botti e Lenda da memória, de Sérgio Sabo. Os trabalhos podem ser visitados a partir das 20h, com entrada franca. A promoção é da Prefeitura, através da Diretoria de Política e da Funalfa.
Paisagem hidráulica é composta por 14 pinturas, entre acrílica sobre tela, costuras e técnicas mistas e três esculturas em ferro oxidado. Para a pesquisadora Marisa Timponi, que escreveu sobre o artista, "as relações que sua pintura mantém com a música, a poesia, arquitetura, com o universo onírico, exercem as possibilidades da linha, do espaço, da forma e da cor", afirma. Em seu texto, Marisa descreve de forma poética sobre a exposição, fornecendo detalhes e características das obras. "Assim nos chega a Paisagem hidráulica concebida por Juliano Botti pela contaminação arte (entendida como exercício de liberdade) e ladrilhos hidráulicos antigos: pequenas placas de cerâmica coloridas com desenhos investidos da aura artística entre guirlandas, colagens de restos de bolsas de feira, restos de tecido de sofá. O resto do resto se refaz, vira arte e se liga ao action painting, ao vintage. O artista reinventa a paisagem no ritmo gestual proporcionado pelo acaso-pensado da tinta, diluída sobre a superfície da tela, desnaturalizando o olhar, causando impressões".
Filho e neto de italianos, Juliano Botti vem desenvolvendo seu trabalho há treze anos na área de desenho, pintura e escultura, já tendo realizado mais de vinte exposições entre individuais e coletivas. Paralelamente, vem atuando na área da cenografia, fotografia, poesia, música e ambientação de interiores. Em 2003, estampou seus desenhos na coleção outono-inverno em uma conhecida marca de vestuário. "A arte está ligada à moda como uma forma de cultura, expressividade e comportamento", afirma o artista.
Sobre Lenda da memória, quem escreve a respeito de Sérgio Sabo é o artista César Brandão. "(...) talvez aqui se esboce um diálogo: ambos trabalhamos a linha, na fronteira das linguagens, como o fio condutor do processo. Assim, os desenhos de Sérgio Sabo, impregnados de linhas, reverberam a pintura; e, por outro lado, suas pinturas também emaranhadas em linhas, ecoam o desenho. Um intenso vibrar de linhas e produzir imagens que remetem ao tridimensional; e, às vezes, até podem sugerir possíveis projetos de instalação".
Natural de Muriaé, Sérgio Sabo já realizou exposições individuais em várias cidades mineiras, dentre elas, Governador Valadares, Barbacena, Viçosa, Cataguases e Belo Horizonte. Participou também de coletivas, entre elas, Desenho mineiro (2002), em Juiz de Fora, e Janelas do tempo (2005), no Centro Cultural Muriaé. Atualmente, Sabo coordena o projeto "Arte Visão", em sua cidade natal.
As exposições Paisagens hidráulicas, na galeria Celina Bracher (foto) e Lenda da Memória, na galeria Heitor de Alencar ficam em cartaz até 19 de junho no CCBM, na Avenida Getúlio Vargas 200, Centro. As visitas podem ser feitas de terça a sexta, das 9 às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10 às 16h.
* Outras informações para a imprensa sobre Paisagens hidráulicas
com Juliano Botti (3236-5258 // 8801-5262) e Lenda da memória com Sérgio Sabo (32 3722-1619).
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