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JUIZ DE FORA - 25/11/2013 - 19:44
“Dia de Campo” - Cultura do eucalipto melhora renda do agronegócio
Por iniciativa de um grupo de produtores rurais que acredita no futuro do agronegócio, foi promovido no domingo, 24, um “Dia de Campo” para a demonstração das técnicas de gestão daquela que desponta como uma das mais rentáveis culturas do setor: o manejo de eucalipto para serraria. O consultor de agronegócio e sócio da Fazenda Triqueda, que também produz madeira para energia e investe em bovinocultura, Leonardo Resende, foi o escolhido para conduzir os trabalhos do dia. O evento contou com a presença do Secretário de Agropecuária e Abastecimento (SAA), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Marlon Martins, e aconteceu na própria fazenda.
Segundo ele, o cultivo é uma excelente alternativa para a topografia da região. “Diversificar sempre é bom. Diminui os riscos de altos e baixos do negócio. Escolhemos o eucalipto por causa da vocação da região montanhosa pela madeira e porque o lucro é alto, de cinco a dez vezes maior que o investimento”. A alta rentabilidade do negócio é visível já nos primeiros números. A pecuária oferece R$ 300 ao ano por hectare, ao passo que a madeira para energia oferece R$ 1 mil e para a serraria pode chegar a R$ 5 mil, no mesmo período.
As vantagens do plantio não param por aí. De acordo com Resende, existem ainda vantagens ambientais. A técnica é baseada nos sistemas Silvipastoril, Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), harmoniza no mesmo espaço a pecuária e a floresta, preservando a qualidade do solo por mais tempo. A presença do eucalipto também neutraliza a emissão de gás metano lançada pelos bovinos no ambiente. Além disso, a madeira é a melhor alternativa para sustentar a pressão da demanda do mercado moveleiro, frente a preservação das florestas naturais. A tora de eucalipto é longa, espessa, e o cultivo não exige renovação periódica, já que o prazo de retirada da madeira é de cerca de 12 anos.
Um outro grande exemplo desse tipo de consórcio para cultivo é o Grupo Penalva. O empresário Manoel Teixeira Lopes cultiva harmonicamente no mesmo espaço suínos, aves, bovinos e equinos, e ainda mantém mudas e toras de eucalipto para venda, com vistas a criar também um modelo de serraria. “É o melhor negócio do setor. Para toras de madeira de mais de 30cm então é um grande negócio. Para a região montanhosa é inviável cultivar grãos por causa da mecanização. A madeira segue a vocação dessa topografia”.
Diversificar para crescer
Além de todos os benefícios da cultura do eucalipto para serraria, Resende destacou que o principal ponto é “aumentar o lucro por hectare. A renda per capita do produtor rural hoje é negativa. Os lucros não cobrem os prejuízos. O objetivo maior é otimizar o espaço. Não adianta todo mundo fazendo a mesma coisa, trabalhando como os pais e avós trabalhavam, e não conseguir progredir”. Ele afirmou ainda que o negócio é excelente e com chances quase nulas de dar errado. “É o melhor investimento de dinheiro, melhor que bolsa de valores e capital de risco. Chega a render de 15 a 30% ao ano”, incentivou ele.
SAA incentiva o cultivo de eucalipto
O secretário Marlon Martins reforçou que o aumento da renda do produtor é o principal foco. “Em tudo que possa melhorar a renda do produtor rural nós seremos parceiros. É plenamente viável consorciar o eucalipto com outras culturas”. Segundo ele, a SAA está desenvolvendo meios para oferecer assistência técnica ao produtor interessado em cultivar a madeira. “Vamos disponibilizar orientação técnica focada para o manejo de eucalipto para serraria, que pode ser um excelente negócio no futuro, inclusive para atrair para Juiz de Fora empresas do setor moveleiro, a exemplo da cidade vizinha de Ubá”.
Outro grande parceiro dessa iniciativa é o Banco do Brasil, que oferece linhas de crédito especiais aos produtores interessados em melhorar seu negócio. As taxas de juros podem ser de 1%, 3,5% ou 5% ao ano, dependendo do investimento, e com até 15 anos para pagar.
*Informações com a Assessoria de Comunicação da SAA, pelo telefone 2104-7003.
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