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Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage - FUNALFA
INSTITUCIONAL

Histórico - Paço Municipal


O prédio do Paço Municipal, ou Repartições Municipaes, tombado pelo município, em 19 de janeiro de 1983, constitui, juntamente com o edifício do Antigo Fórum e com os remanescentes do Parque Halfeld, um ambiente que remonta a uma parcela do passado de Juiz de Fora, representando assim um referencial histórico marcante. Projetado pelo arquiteto Rafael Arcuri, autor de refinados trabalhos em Juiz de Fora, o imóvel está situado na esquina da Av. Barão do Rio Branco com a Rua Halfeld. O núcleo original, voltado para a Av. Barão do Rio Branco, foi construído em 1918. A primeira ampliação ocorreu em 1934 na fachada lateral, mantendo-se as mesmas características arquitetônicas do existente, e que resultou na configuração atual do prédio. A última ampliação deu-se em 1944, na área interna.

O edifício de dois pavimentos segue o estilo eclético com reminiscências neoclássicas e apresenta exuberante ornamentação, além de movimentado jogo de elementos salientes e reentrantes nas fachadas. Recursos de composição horizontal e vertical foram amplamente utilizados, objetivando o perfeito equilíbrio e harmonia das proporções, assim como nas Ordens Arquitetônicas.

Prefeitura de Juiz de Fora - Funalfa - Histórico
No sentido horizontal, as fachadas são tratadas segundo normas que, em linhas gerais, correspondem à divisão das colunas gregas: no térreo, o prédio é alteado, com revestimento fortemente marcado por bossagem (sulcos feitos na massa sugerindo pedra de cantaria) para transmitir a idéia de solidez e segurança. O primeiro pavimento possui tratamento rebuscado, classicizante e fantasioso, com elementos que ressaltam o volume - pilastras, colunas, balaústres, balcões, templete do chanfro, etc.. E finalmente, o coroamento é feito pelo entablamento clássico - arquitrave, friso e cornija - e pela platibanda que envolve toda a construção, ocultando o telhado.

Apresenta planta chanfrada, solução típica de implantação presente nas construções da cidade, com a valorização da fachada localizada no encontro de dois logradouros.

O tratamento dispensado ao chanfro confere monumentalidade ao conjunto. Ali, situa-se a entrada principal do edifício, com porta de madeira trabalhada em duas folhas e bandeira em arco pleno emoldurada. A porta é ladeada por colunetas dóricas sobre pedestal e protegida pelo balcão circular em balanço apoiado em mísulas enormes que acompanham seu formato. Essas terminam em volutas estilizadas e recebem decoração livre lateralmente e em toda a face inferior, com folhas de acanto em cascata.

O acesso ao balcão, na verdade um templete, acontece por uma porta de madeira e vidro com bandeira fixa, tal qual a das janelas. Está ladeada por pilastras com capitéis jônicos e possui sobreverga acimalhada, com um frontão triangular.

O templete é protegido por guarda-corpo em balaustrada e segmentado por pilaretes que apóiam colunas jônicas que sustentam o entablamento, a platibanda em balaustrada e o torreão ricamente decorado e coroado por cúpula ogival. Destaca-se, aqui, o relógio embutido, encimado por frontão interrompido com volutas e ornatos de estuque.

As fachadas são constituídas por dois tipos diferentes de tramos, um central, valorizado pelo formato em arco pleno da verga do 2º pavimento e da platibanda e das janelas tripartidas e dois outros laterais com janelas de vergas retas. A fachada para a Av. Barão do Rio Branco é constituída por três tramos e para a Rua Halfeld são cinco tramos.

O vão do térreo do módulo central, ladeado por colunas dóricas, é vedado por janelas de peitoril tripartida, de madeira e vidro, dispondo de báscula de mezanino onde os caixilhos formam uma estrela de 5 pontas. No 1º pavimento, o balcão protegido por balaustrada guarnece janela rasgada tripartida de madeira. Os caixilhos são preenchidos por vidros com delicados desenhos que se estendem até as bandeiras. A verga é segmentada e acimalhada, estando as reentrâncias alinhadas às janelas menores de forma a ressaltar, na parte central, a inscrição ANNO - MCMXVII. O entablamento é segmentado, percorrendo toda a fachada e o seu tratamento acompanha o dos módulos, isto é, ele é ressaltado e arqueado sobre a verga em arco pleno e retilíneo nos painéis laterais. Nota-se a arquitrave perfilada e o friso liso, recebendo decoração no módulo central de cártula em forma de pergaminho desenrolado, com a inscrição REPARTIÇÕES MUNICIPAES. A cornija é saliente e perfilada, apoiada em uma seqüência ritmada de delicados modilhões.

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Nos módulos laterais, existem dois vãos, delimitados por colunas com capitéis dóricos, onde as janelas de peitoril de madeira, altas e grandes do térreo, são coroadas por báscula de mezanino com caixilho circular. No primeiro pavimento, os balcões com balaustrada entalada apoia as colunas com capitéis jônicos que marcam os vãos das janelas. Estas são de madeira e vidro com bandeira e verga reta perfilada. Na sobreverga há pequenos pilaretes decorados ligados por guirlandas.

A fachada é coroada por platibanda, ora em balaustrada ora cega, que se prolonga por toda a edificação, apresentando as seguintes características:
• a balaustrada é seccionada por robustos pilaretes - decorados com emblema ornamentado por guirlandas que se ligam a grandes volutas - que mostram aos olhares mais atentos forte movimento de vetores ascendentes que rompem a frontalidade da face do pilarete. Cada pilarete recebe uma cartela com monograma RM;
• a platibanda cega, (retilínea, curva e retilínea) é decorada por quadros de estuque e friso superior ressaltado. Na ornamentação, o arquiteto utilizou formas que acompanham o desenho resultante do movimento da platibanda. Dessa forma, temos no centro um círculo emoldurado, com escultura em alto relevo e com a inscrição PÁTRIA ET CIVITAS. Na parte superior da moldura do círculo, está estampada a inscrição MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA e, na parte inferior, a data da emancipação do município, 31 de MAIO de 1850.
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